No endereço eletrônico também será divulgado o Manifesto sobre o PLS 555, construído por entidades como CUT, CTB, CSP Conlutas, Contraf/CUT, Fenae, Federação Única dos Petroleiros e Federação Nacional dos Portuários.
Para o Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa 100% Pública e contra o PLS 555/2015 a ideia é repetir a mobilização realizada em fevereiro, quando empregados do banco se posicionaram contra a abertura de capital da empresa. Além da Caixa, o projeto ameaça BNDES, Correios, Petrobras e outras estatais federais, estaduais e municipais.
A ideia é que os empregados se manifestem nas unidades e nas redes sociais, postando fotos segurando o cartaz com a frase “O PLS 555/2015 é o fim da Caixa 100% pública”. As imagens devem ser postadas com a hashtag #NãoAoPLS555, e também podem ser remetidas para os sindicatos e para as Apcef, assim como para o e-mail caixapublica@fenae.org.br.
“Em fevereiro deste ano, realizamos o histórico Dia Nacional em Defesa da Caixa 100% Pública. Nos mobilizamos em todo o país e conseguimos evitar a abertura de capital do banco, que foi cogitada no final de 2014. Se não nos manifestarmos agora, o Congresso Nacional poderá aprovar essa proposta, que, mais uma vez, coloca a Caixa em risco. Não podemos permitir retrocessos”, afirma Fabiana Matheus, coordenadora da CEE/Caixa.
O presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, reforça que o caráter do PLS 555/2015 é essencialmente privatista, baseado na premissa do Estado mínimo. “O pesadelo da década de 1990, quando muitas empresas foram privatizadas, está à espreita. Temos que lutar para evitar que Caixa, BNDES, Correios, Petrobras e outras estatais, essenciais na vida dos brasileiros, sejam forçadas a se distanciar dos interesses da sociedade”, diz.
A mobilização é uma orientação das entidades representativas dos trabalhadores da Caixa, como Contraf, Fenae e Comissão Executiva dos Empregados (CEE), com objetivo de mobilizar os trabalhadores do banco na tentativa de barrar o projeto, que trata do Estatuto das Estatais e ameaça empresas públicas federais, estaduais e municipais.
“A preocupação com as regras de governança e de transparência das empresas públicas e seu regime de compras e contratações, que embasam o projeto, não pode sobrepor-se ao fato de que ele trará graves problemas à gestão dessas empresas. É por isso que estamos mobilizados desde setembro. Se não intensificarmos essa luta, esse Congresso Nacional conservador que está aí não terá dúvidas em aprovar o PLS 555”, avalia Maria Rita Serrano, representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa.