O calendário deverá definir os períodos em que os sindicatos realizarão seus eventos, já que a estratégia deverá seguir a mesma linha do ano passado, de modo que sindicatos e federações intensifiquem os contatos com os senadores, solicitando que não aprovem a proposta. “O projeto representa uma ameaça as empresas públicas municipais, estaduais e federais e isso é o que mobiliza as entidades que estão nessa linha de frente junto com a Fenae para evitar o prosseguimento as votações”, afirma Jair Pedro Ferreira.
Em dezembro, representantes de sindicatos e federações que estavam em Brasília participando da reunião da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), além de diretores da Fenae, fizeram vigília durante toda a tarde no Senado, buscando sensibilizar os senadores para não votarem o PLS 555. No mesmo dia, as centrais sindicais (CUT, CTB e CSP/Conlutas), a Contraf-CUT e a Fenae enviaram ofício aos 81 parlamentares reforçando posicionamento contrário a propositura.
“Nós, que sempre lutamos em defesa das empresas públicas, alertamos para a temeridade que representa o referido projeto. As mudanças propostas de forma oportunista e autoritária no PLS causariam prejuízos incalculáveis à classe trabalhadora, e gastos astronômicos aos governos federal, estaduais e municipais, justo em um momento de restrição econômicas”, destaca o documento.
O comunicado lembra que o projeto constituiu uma grave ameaça à Caixa Econômica Federal, Correios, BNDES, Petrobrás e a empresas do setor elétrico. Essas instituições são de extrema importância para o desenvolvimento do País e não devem ficar à mercê da lógica privatista, que tantos danos ocasionou ao patrimônio nacional.
" Como tenho falado desde que soubemos da ideia desse projeto, temos que lutar para evitar que a Caixa e outras estatais federais, estaduais e municipais, essenciais na vida dos brasileiros, sejam forçadas a se distanciar dos interesses da sociedade”, destaca o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.