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14 de Dezembro de 2015 às 17:54

Empregados da Caixa protestam contra PLS 555 em todo o Brasil

Os dirigentes presentes lembraram da atuação dos bancos públicos na crise de 2008, quando forneceram crédito para a população, aquecendo o mercado interno


Crédito: SEEB/MT

São Paulo - Os trabalhadores da Caixa, de todo o Brasil, foram às ruas nesta segunda-feira (14) para lutar contra o projeto que pretende transformar as empresas estatais em sociedades anônimas. O texto do PLS 555 é um substitutivo aos projetos de lei do Senado 167/2015, de Tasso Jereissati (PSDB-CE), e 343/2015, de Aécio Neves (PSDB-MG), e ainda ao anteprojeto apresentado pelos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Os dirigentes presentes lembraram da atuação dos bancos públicos na crise de 2008, quando forneceram crédito para a população, aquecendo o mercado interno, o que ajudou o país a enfrentar a turbulência econômica global sem maiores prejuízos. Além disso, também foi citada a importância destas instituições diante do oligopólio dos bancos privados no setor financeiro.

“O Sindicato está nesse ato nacional contra o PLS 555, junto com bancários da Caixa, a Apecef, trabalhadores do BB e também de bancos privados, como Santander e Itaú, fazendo o debate sobre a importância de manter a Caixa 100% pública e vencer o PLS 555, que abre o capital de todas as estatais brasileiras. Estamos fazendo a defesa da ampliação do controle social das estatais e a importância dessas empresas para o desenvolvimento do país”, explicou o diretor executivo do Sindicato dos Bancários de São Paulo e empregado da Caixa Dionísio Reis.

No Paraná, os Sindicatos dos Bancários filiados à Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Estado do Paraná – FETEC/CUT-PR, realizaram  manifestações  em frente às agências da Caixa Econômica Federal com distribuição de carta aberta à população .

“A sociedade e os trabalhadores querem debater o PLS 555/2015, porque esse projeto representa  grande ameaça de um retorno  a privatizações a exemplo das ocorridas na década de 1990, retirando destas empresas públicas suas funções sociais, dentre elas o desenvolvimento  econômico e social da nação. É fundamental uma grande mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras para barrar este projeto”, destaca  Junior Cesar Dias, presidente da FETEC/CUT-PR.

Na capital paranaense, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região realizou um ato em frente a Agência Caixa Carlos Gomes. "O PLS 555 tem o caráter essencialmente privatista, baseado na premissa de Estado Mínimo. O intuito é de distanciar as empresas públicas dos interesses da sociedade e direcioná-las juridicamente para que se constituam sob os pilares da privatização. O chamado “Estatuto das Estatais” tornará essas empresas e sociedades de economia mista em sociedade anônima", explicou o panfleto que foi distribuído à população.

Os bancários e bancárias capixabas também participaram do Dia Nacional de Luta contra o PLS 555/2015 e em Defesa da Caixa 100% Pública. O ato foi realizado na agência da Caixa no Centro de Vitória e, em seguida, os diretores do Sindibancários/ES percorreram as unidades de todos os bancos da Grande Vitória. Em todas as agências, bancários e clientes receberam panfletos sobre as graves consequências desse Projeto de Lei.

O estatuto proposto pelo projeto estabelece que o percentual mínimo de 25% das ações devem estar disponíveis no mercado em até dois anos após a publicação da lei. Além da Caixa, o projeto coloca em risco Correios, BNDES, empresas do setor elétrico e, no Espírito Santo, o Banestes e Bandes. “Com esse PLS, o papel social da Caixa e de outras estatais está ameaçado, uma vez que permite a entrada de acionistas que têm como objetivo exclusivo o lucro. O momento é de união de todos os trabalhadores”, destacou Renata.

O presidente do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso, José Guerra, lembrou as privatizações dos anos 90 que não trouxeram melhoria dos serviços e de atendimento à população. Ele lembrou, inclusive, a situação da Vale do Rio Doce. “O processo de privatização é apenas uma forma de entregar o patrimônio público à iniciativa privada, o que contraria os interesses dos trabalhadores e da maior da população”, alertou.

Os dirigentes do Sindicato de Campos (RJ) percorreram as agências da Caixa fixando cartazes de protesto contra o projeto de abertura do capital da empresa, além de dialogar com funcionários e clientes sobre esta grave ameaça que paira sobre empresas públicas e os empregos dos trabalhadores e trabalhadoras.

Todas as informações sobre a luta contra o PLS 555/2015 podem ser encontradas no sitewww.diganaoaopls555.com.br. Na área de downloads estão disponibilizados cartazes, faixas e banners para impressão.

Fonte: Contraf-CUT


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