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Os números da pandemia do novo coronavírus avançam no Brasil, que registrou 204 mortos nas últimas 24 horas, totalizando, nesta terça-feira (14), 1.532 óbitos em decorrência da covid-19. O número de casos saltou de 23.430 para 25.262 de ontem para hoje.
As informações foram dadas pelo Ministério da Saúde, que informou também que a letalidade da doença no país é de 6,1%. As medidas de isolamento social, especialmente nos lugares mais afetados, seguem como principal orientação de autoridades e especialistas para reduzir a disseminação do vírus.
São Paulo segue sendo o epicentro da pandemia no país. São 9.371 casos confirmados e 695 mortos. Também nas últimas 24 horas, foram 87 óbitos – cerca de uma morte a cada 20 minutos –, recorde até o momento. A letalidade no estado mais rico da federação segue acima da média no país, em 7,4%. O elevado número ainda não é preciso. Estudos da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontam que os doentes sejam, ao menos, 11 vezes mais do que os registros oficiais, devido à subnotificação.
Apesar de contar com um grande sistema de saúde, cresce a preocupação com o cenário na cidade de São Paulo, que já vê mais de 60% dos leitos ocupados por doentes do novo coronavírus, segundo declaração do próprio prefeito, Bruno Covas (PSDB). O município registra, sozinho, 512 mortes e 6.705 casos. A segunda cidade em números absolutos é Guarulhos, na região metropolitana, com 214 casos e 19 mortes.
Após São Paulo, o Rio de Janeiro é o estado mais afetado, com 3.410 casos e 224 mortos – o governador Wilson Witzel (PSC) anunciou hoje que contraiu o vírus, apresenta sintomas e vai cumprir isolamento. Na sequência vem o Ceará, com 2.005 casos e 107 mortos. Autoridades locais afirmam que o sistema de saúde na região da capital, Fortaleza, está muito próxima do colapso.
Na sequência do ranking da pandemia vem o Amazonas. É o caso mais preocupante do país. A capital, Manaus, que concentra a estrutura hospitalar do estado, já anunciou o colapso por falta de leitos e equipamentos. O governo local tem anunciado medidas emergenciais, e responsabiliza o presidente Jair Bolsonaro, por repetidamente ridicularizar a pandemia e estimular as pessoas a romper o isolamento.