Brasília - Milhares de manifestantes, vindos de todo o país, protestaram na tarde desta terça-feira (1º) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS, do ingresso de servidores apenas por meio de concurso e da não-privatização dos serviços do setor.
O grupo fechou quatro das seis faixas do Eixo Monumental enquanto marchava em direção ao Congresso Nacional. A Frente em Defesa do SUS, que reúne várias pessoas interessadas na defesa da saúde pública, entende que o sistema público está ameaçado com tantas crises, com o subfinanciamento crônico do SUS e o risco de terceirização da gestão no setor de saúde pública em todas as esferas de governo.
A manifestação foi marcada por meio de redes sociais. A concentração ocorreu às 14h30, em frente à Catedral Metropolitana. O ato terminou em frente ao Ministério da Fazenda. De lá, o grupo seguiu para o Centro de Convenções Ulysses Guimarães, para a abertura da 15° Conferência Nacional da Saúde.
A fisioterapeuta Ana Lucia de Matos viajou de São Paulo para Brasília para acompanhar o ato. “Pedimos o financiamento para o SUS, público integral e com participação social. O financiamento é fundamental para que todos tenham acesso a saúde. Não aceitamos privatizações. O ingresso dos trabalhadores tem de ser por concurso. Estamos em usuários, trabalhadores da Saúde e era para os gestores estarem aqui também.”
“O governo do Distrito Federal, principalmente, quer privatizar o direito do povo. Viemos de várias partes do Brasil para essa conferência nacional de saúde. Para defender a saúde pública”, disse outra militante, que não quis se identificar. “Garantir uma política de financiamento estável e sustentável para o SUS é um grande desafio. Não podemos fugir desse enfrentamento se quisermos construir uma nova história para a saúde pública. Por isso, viemos mostrar a nossa força e a importância dessa luta para sociedade”, defendeu a presidenta do Sindsaúde-GO, Flaviana Alves, que ajudou a organizar grande caravana do seu estado.
A coordenadora da 15° Conferência Nacional de Saúde e da Contag, Maria do Socorro Souza critica a queda nos investimentos na área. “Houve cortes no orçamento do SUS no ano de 2015 e terá também no de 2016. Não podemos deixar que a crise afete a saúde brasileira, porque não é uma mercadoria. Os parlamentares que defendem o SUS estão aqui conosco. Não vamos pedir nada ao Congresso. É apenas um ato, uma caminhada para lembrar aos governantes dos direitos básicos do cidadãos”, disse.
Fonte: CUT Brasília com G1 e DM