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17 de Fevereiro de 2016 às 14:15

Dieese, pela primeira vez, divulga custo da Cesta básica em Cuiabá-MT

Cesta básica cuiabana é a sétima mais cara entre as capitais


Finalmente, os trabalhadores cuiabanos e as trabalhadoras cuiabanas poderão acompanhar, mensalmente , o custo dos alimentos que compõe a cesta básica.  

Nesta terça-feira (16), o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgou pela primeira vez o custo da Cesta Básica Nacional (CBN) em Cuiabá.  O Dieese ampliou o seu alcance geográfico, antes, a pesquisa nacional da cesta básica de alimentos está presente em 27 capitais brasileiras, anteriormente, apenas 18 capitais eram abrangidas pela pesquisa.

Agora, os cuiabanos e cuiabanas poderão acompanhar, mensalmente,  o comportamento individual dos preços dos componentes da cesta básica – carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, tomate, pão, café, banana, açúcar, óleo e manteiga.  Os produtos podem ser diferentes, dependendo da cidade onde  a pesquisa é feita.

De acordo com a supervisora técnica do Dieese, Leila Brito, a pesquisa da Cesta Básica é um instrumento importante que serve para subsidiar  o movimento sindical nas negociações coletivas e também serve de parâmetro para toda a sociedade que poderá fazer um comparativo entre os preços da capital de Mato Grosso com as demais capitais brasileiras. “É um levantamento que serve de referência para o movimento sindical e social e também poderá servir de parâmetro para a construção de políticas públicas”, explica.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso, João Luiz Dourado, parabenizou o Dieese pelo trabalho e levantou três aspectos importantes a partir dos dados apontados pela pesquisa.

De acordo com Dourado a pesquisa apontou para a necessidade de uma política de salário mínimo regional que considere as necessidades básicas dos trabalhadores da região, para a importância do estado ter mecanismo eficaz de logística e abastecimento dos produtos essenciais que compõe a cesta básica e que principalmente crie política de fortalecimento da agricultura familiar.

O presidente da CUT/MT ainda destacou a importância de combater a inflação e de acabar com a política de juros altos,  que estão elevando os preços e as tarifas públicas. Também apontou o aumento do ICMS promovido pelo Governo Estadual com um dos fatores para a elevação dos preços dos alimentos básicos que vão à mesa dos trabalhadores e trabalhadoras mato-grossenses.   

 

Cesta básica cuiabana é a sétima mais cara do Brasil

De acordo com a pesquisa do Dieese realizada no mês de janeiro de 2016, a Cesta Básica de Cuiabá foi apontada com a sétima mais cara entre as capitais do país.  O preço médio de R$ 418,12 da cesta básica de Cuiabá, só foi superado pelos das cestas básicas de Brasília (a mais cara do país, custando R$ 451,76 ao consumidor), de São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Florianópolis e Porto Alegre.

No caso de Cuiabá, o preço médio da cesta básica subiu de R$ 385,41, registrado em dezembro de 2015, para R$ 418,12 em janeiro de 2016 - uma variação de 8,49%. Dentre os componentes da cesta básica, o que mais influenciou na elevação do preço médio do conjunto foi o tomate, cujo preço aumentou 53,32% entre dezembro e janeiro (o tomate já é apontado como "vilão" em outras partes do país, dadas as dificuldades recentes com sua produção).

Dentre os 13 itens da cesta em Cuiabá, apenas três não apresentaram elevações de preço entre dezembro e janeiro – houve queda nos preços da carne (0,15%), do leite (0,62%) e da farinha (0,2%).  

As 18 cidades que já estavam no cronograma de pesquisa são Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Salvador, Recife, Fortaleza, Natal, João Pessoa, Aracaju, Manaus, Belém, Campo Grande, Goiânia, Brasília e São Paulo. Agora, além de Cuiabá estarão presentes Boa Vista, Rio Branco , Teresina,  Porto Velho e  São Luis.

 

Fonte: Silvia Marques Calicchio - CUT Mato Grosso


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