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O desmatamento da floresta amazônica aumentou 34,4% no período entre agosto de 2018 e julho de 2019 na comparação com os 12 meses entre agosto de 2017 e julho de 2018, e chegou a 10.129 quilômetros quadrados, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que apontaram o maior desmatamento anual desde 2008.
De acordo com os dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), do Inpe, o crescimento percentual do desmatamento foi o maior pelo menos desde o período de 2000/2001.
O período entre agosto de um ano e julho do ano seguinte é usado como o ano-calendário para medição do desmatamento.
“A taxa consolidada de desmatamento tem um valor 3,76% acima da taxa estimada pelo Prodes em novembro de 2019, que foi de 9.762 quilômetros quadrados”, disse o Inpe em comunicado.
Os Estados de Rondônia, Maranhão e Tocantins registraram quedas no desmatamento, de 4,48%, 6,32% e 8%, respectivamente. Os demais seis Estados da região tiveram altas na perda florestal, com Roraima apontando um aumento de mais de 200%.
O Pará concentrou a maior parcela de desmatamento do período, com 41,19% do total, seguido por Mato Grosso, com 16,8%, e Amazonas, com 14,16%.
Recentemente o governo do presidente Jair Bolsonaro, que vem sendo alvo de críticas dentro e fora do Brasil por sua política ambiental e pelo que críticos veem como um desmonte das ferramentas de fiscalização, ativou o Conselho da Amazônia, colocando sua coordenação sob responsabilidade do vice-presidente Hamilton Mourão.
O governo decidiu, mais uma vez, enviar as Forças Armadas para combater crimes ambientais na região a exemplo do que fez no ano passado diante das críticas internacionais por causa do aumento das queimadas na floresta.
Por Eduardo Simões