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6 de Junho de 2016 às 15:03

CUT repudia criação do Núcleo de Combate à Violência Contra a Mulher

Nota da entidade critica medida arbitrária e enfatiza que a questão deve ser combatida por meio de políticas públicas específicas para que a violência seja de fato coibida


Crédito: Divulgação
Brasília - A Central Única dos Trabalhadores divulgou uma nota manifestando repúdio à criação do Núcleo de Combate a Violência Contra Mulher ligada ao Ministério da Justiça e à declaração de Michel Temer de que não é competência da União tratar de violência contra a mulher.

A proposta de criação do núcleo foi anunciada no dia 31 de maio, em Brasília, em encontro realizado com o Ministro da Justiça e 27 secretários estaduais de Segurança Pública, após a grande repercussão gerada pelo caso do estupro coletivo de uma adolescente no Rio de Janeiro.

O governo golpista desconsiderou os inestimáveis avanços obtidos na área de violência contra a mulher nos governos Lula e Dilma e, mais que isso, ao extinguir a Secretaria de Políticas para as Mulheres, responsável pela articulação das políticas e programas dessa área contribui para que sejam enfraquecidas e extintas.

A justificativa dada para a criação do Núcleo vai na contramão do que nós sempre defendemos, isto é, o Estado como promotor e articulador de políticas de prevenção, combate e atenção às mulheres que sofrem violência.

A violência contra mulher não é somente caso de polícia, é um problema social, cultural, de saúde, de educação e de machismo. É um problema que deve ser combatido através de políticas públicas especificas para que a violência seja de fato coibida.

Não reconhecemos este governo golpista e muito menos medidas arbitrárias anunciadas. A violência contra mulher não é um mundo que a gente quer. A nota é assinada por Sérgio Nobre, Secretário-Geral CUT, e por Junéia Batista, Secretária Nacional da Mulher Trabalhadora CUT.

Fonte: Fenae com CUT

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