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20 de Fevereiro de 2019 às 07:52

CUT Brasília promove encontro do Coletivo LGBTI neste sábado (23)


Crédito: Reprodução

Brasília - Com a extrema-direita no poder e o avanço do conservadorismo no país, o Coletivo LBGTI da CUT Brasília está programando para o próximo sábado (23) um debate sobre as estratégias de enfrentamento e de resistência ao cenário imposto. A atividade acontece a partir das 9h, no auditório Adelino Cassis, na sede da Central.

Para o diretor do Sindicato Edson Ivo, é necessário e urgente identificar os problemas e as desigualdades e aprender a combatê-los. “Cada dia que não nos colocamos à frente da luta o discurso conservador avança nos empurrando para os precipícios e armários. Como trabalhadores classistas, temos obrigação moral de levar este debate para o ambiente de trabalho e combater a exclusão, seja social ou profissional. Não podemos nos esquecer que LGBTfobia mata”, enfatiza.

Edson Ivo destaca que, atualmente, vivencia-se o discurso LGBTIfóbico como um padrão e uma espécie de característica nacional. Segundo ele, no âmbito distrital, esse tipo de manifestação é ainda mais evidente, o que confirma a necessidade urgente de mobilização.

Mercado de trabalho

Entre outros assuntos, o encontro abordará a inclusão do indivíduo LGBTI no mercado de trabalho. De acordo com estudo realizado pela empresa de recrutamento e seleção Elancers, cerca de 20% das empresas no Brasil ainda resistem em contratar gays, lésbicas, travestis e transexuais em razão da sua orientação sexual e de identidade de gênero. Outras 7% não contratariam homossexuais em nenhuma hipótese, e 11% só contratariam se o candidato não ocupasse cargos de níveis superiores. Foram entrevistados 10 mil empregadores em todo o país.

Os dados vão contra uma pesquisa divulgada em 2017 pela revista Management Science. Segundo a análise ― que entrevistou mais de 5 mil empresários nos Estados Unidos ―,  as companhias que incluem os LGBTI em sua estrutura identificaram aumento de 8% nos registros de patentes. Isso porque esses profissionais apresentam características diversas voltadas à criatividade, mente aberta, além de maior disposição de assumir riscos.

Facebook, IBM, Accenture, Apple e Starbucks são exemplos de grandes empresas que se tornaram referência global em ações e iniciativas inclusivas para lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.

Além da inclusão ao mercado de trabalho, serão debatidos temas como preconceito, reconhecimento do nome social e questões de segurança.

Encontro Nacional

Em novembro do ano passado, representantes dos trabalhadores de todo o país se reuniram em São Paulo, num esforço para ajudar a derrubar barreiras de resistência dos movimentos LGBT e promover a geração de emprego e de políticas públicas.

Da Redação, com informações da CUT Brasília


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