Brasília - Neste dia 13 de dezembro (terça-feira), coincidentemente na mesma trágica data em que foi lançado, em 1968, o famigerado Ato Institucional nº 5 (AI-5), a expressão mais acabada da violência do regime de exceção comandado pelos militares, os trabalhadores e as trabalhadoras, do campo e da cidade, do serviço público e privado, bem como a juventude e as minorias sociais, voltam a se manifestar em frente ao Congresso Nacional. A CUT e os sindicatos filiados estão convocando esse ato para começar às 17h.
Nesse dia, o Senado estará voltando, em segundo turno, a Proposta de Emenda Constitucional 55, a PEC da Morte ou do Desmonte do Estado, de autoria do governo golpista de Temer. Se aprovada, a PEC vai congelar pelos próximos 20 anos os investimentos em Educação, Saúde e programas de proteção e segurança social, penalizando os trabalhadores.
“Veremos durante duas décadas minguar os recursos voltados para combater a miséria e a desigualdade social, enquanto o governo golpista escoa esses investimentos para beneficiar banqueiros e os empresários nacionais e internacionais, a minoria privilegiada que costuma enriquecer a partir dos recursos do Estado e da exploração dos trabalhadores. É preciso dizer que não admitimos um Estado voltado para os ricos, em prejuízo da grandíssima maioria de trabalhadores do país”, afirma Rodrigo Britto, presidente da CUT Brasília.
O dirigente CUTista diz que a manifestação também será para reafirmar aos parlamentares, que apoiaram o golpe de Estado que instalou o governo ilegítimo da elite, que não aceitaremos nenhuma retirada de direitos. Assim a manifestação desse dia 13 será também contra a cruel Reforma na Previdência que penalizará mais uma vez os trabalhadores Celetistas, os servidores públicos e os aposentados e pensionistas.
“Queremos uma Previdência que proteja os trabalhadores e não essa proposta do governo golpista que aumenta para 65 anos a idade mínima de aposentadoria de homens e mulheres. Para chegar a aposentadoria integral, o trabalhador precisará contribuir 49 anos. A grande maioria vai morrer antes. Não bastasse isso, o governo quer reduzir as aposentadorias, desvinculando os benefícios e pensões do salário mínimo”, condena Rodrigo Britto.
Esta será a primeira grande manifestação após a violenta e covarde repressão praticada pelas polícias Militar e Legislativa, a mando dos governos do GDF e dos golpistas, no dia 29 de novembro, dia do primeiro turno de votação da PEC da Morte. Por isso, a CUT e os sindicatos filiados também protestarão no dia 13 contra a repressão, que fere o direito constitucional e democrático de manifestação. “Não poderíamos esperar outra coisa a não a violência por parte daqueles que afrontaram a democracia para chegar ao governo. Mas não podemos aceitar medidas repressivas e de exceção, nem a criminalização dos movimentos, calados. Vamos seguir fazendo atos, usando nosso direito de nos manifestarmos contra tudo que nos atinge e faz mal. Nossa luta é pela democracia e por direitos”, enfatiza Rodrigo Britto.
Fonte: CUT Brasília