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12 de Junho de 2020 às 07:30

Covid-19: CUT e movimentos sociais debatem com MPF demandas do Baixo Tocantins (PA)


CUT Nacional

As demandas urgentes e inadiáveis da população da região do Baixo Tocantins, no Pará, agravadas pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), que vão da falta de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) até de alimentação, foram alguns dos temas debatidos em reunião virtual realizada nesta quarta-feira (10) entre a Secretária-Geral da CUT Nacional, Carmem Foro,  representantes de movimentos sociais e da igreja católica com o procurador do Ministério Público Federal (MPF), Felício Pontes.

Todos foram unânimes em reconhecer a necessidade de políticas públicas eficazes e emergenciais para combater o avanço da pandemia na região. Entre  essas políticas, as lideranças sindicais, sociais e religiosas ressaltaram a instalação de um hospital de campanha.

“A infraestrutura na área da saúde na região é muito frágil e chega ao cúmulo de não ter sequer um leito de UTI”, destacou Carmem Foro.

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A situação é grave. A Covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus que já matou quase 40 mil brasileiros em todos os estados do país, vem assolando o interior paraense, notadamente da região do Baixo Tocantins, formada pelos municípios de Baião, Mocajuba, Oeiras do Pará, Limoeiro do Ajuru, Cametá e Igarapé-Miri, cuja população de mais de 400.000 habitantes vive em territórios de ilhas, comunidades ribeirinhas e quilombolas.

O bispo da Diocese de Cametá, Dom Altevir da Silva, relatou que já encaminhou ofícios recomendando ao Poder Público mais atenção à saúde e sobrevivência dos povos indígenas da região.

“É uma ação humanitária, que deve acontecer junto a esses povos, sem vez e sem voz”, afirmou o bispo.

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Pesquisas da Universidade Federal do Pará (UFPA) constatam que “não há declínio na curva de crescimento nos casos de coronavírus na região”, observou o coordenador do campus da UFPA no Tocantins, Doriedson Rodrigues, presente à reunião. De acordo com ele, é preciso fortalecer políticas socioeconômicas nessas comunidades.

O procurador Felício Pontes explicou a importância da coleta de dados sobre a quantidade de pessoas adoecidas pelo coronavírus e informações sobre o número de mortes e também detalhar as necessidades e a viabilidade dos atendimentos às populações, na cidade de Cametá para que novos encaminhamentos no âmbito do Ministério Público Federal possam ser melhor analisados e tomados.

Também participaram da reunião virtual os procuradores Felipe Moura Palha e Manoela Lopes, Euci Ana da Costa, o presidente da CUT-PA, Elípio da Glória ( Goianinho), representando as comunidades quilombolas, Bena Castro representando os municípios da Gloriosa Tocantina , e Socorro Aguiar do Conselho Pastoral dos Pescadores - CPP / NORTE II.

Com informações da repórter Maristela Lopes.


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