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10 de Maio de 2016 às 06:13

Contraf-CUT orienta sindicatos e federações para participarem do Dia Nacional de Luta contra o Golpe e em Defesa de Direitos

O ato foi determinado em assembleia geral, na comemoração do dia 1º de maio, da Centra Única dos Trabalhadores (CUT)


Crédito: Contraf-CUT
Ato do Dia do Trabalhador - 1º de maio

Os bancários de todo o Brasil participarão nesta terça-feira (10), do Dia Nacional de Luta contra o Golpe e em Defesa de Direitos, que está sendo proposto pelas Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, e que contará com a participação de diversas categorias de trabalhadores e segmentos sociais.

Os efeitos danosos da ruptura democrática em andamento no legislativo e em parte do judiciário foi o tema do ato do Dia Internacional dos Trabalhadores, 1º de maio, organizado pelas centrais: Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Intersindical Central da Classe Trabalhadora e entidades dos Movimentos Sociais progressistas.

Segundo o presidente da Contraf-CUT, Roberto von der Osten, os bancários têm sido uma peça importante na luta em defesa da democracia e em defesa dos direitos trabalhistas e sociais. “Por essa razão esperamos uma grande participação de trabalhadores bancários nestas manifestações. Nossa categoria sabe muito bem o que significa este golpe e sabe que nossos direitos serão atacados porque incomodam os patrões. As mesmas forças políticas, o mesmo empresariado e os mesmos meios de comunicação oligopolizados, sucessivamente derrotados nas urnas desde 2002, tentam voltar ao poder com um golpe que a gente pensava não ser mais possível no Brasil. Sabemos o que eles querem, ressuscitando o ideário neoliberal. Seu objetivo é a redução dos custos pela precarização. Não importa que para isso os salários das famílias sejam arroxados, direitos sejam reduzidos, diminua a qualidade dos empregos e o patrimônio do povo brasileiro - os bancos públicos - sejam privatizados. Vamos lutar para que isso não aconteça!"

A aliança conservadora orquestrada para um possível governo do atual vice-presidente já demonstra o caráter instalado do golpe, que não representa a vontade cidadã expressa nas eleições de 2014.

Será necessário a intensificação da luta contra o Projeto de Lei Complementar nº 30 (PLC 30), que trata da terceirização total e contra o Projeto de Lei 4918 na Câmara dos Deputados, anteriormente denominado PLS 555 no Senado Federal, que expõem todos e todas à desregulamentação do trabalho e das negociações coletivas e as empresas públicas à abertura de capital e mudanças na gestão do Estado, consecutivamente.

Os bancários têm muito a lutar contra o mote do vice-presidente “privatizar o que for possível” e as propostas contidas na chamada “Ponte para o Futuro”.

Defender a Mesa de Negociações Nacional e Unificada dos bancários será uma de nossas pautas, para que os tempos sombrios da década de 1990 não retornem à realidade da Campanha Salarial dos Bancários.

Os bancários têm, historicamente, dado contribuições significativas para a democracia no Brasil e não negaremos esta marca democrática neste momento de acirramento político e social.

Os trabalhadores dos setores público e privado, unidos contra o golpe e contra retrocessos nas políticas públicas nacionais retardarão o início de suas atividades para dialogar com a sociedade dos riscos apresentados pelos golpistas.

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas alertou aqueles que acreditam no discurso de que o impeachment resolve o problema do Brasil. “Os golpistas estão vendendo a ideia de que fazendo o impeachment, no dia seguinte, a economia crescerá 10%, um milhão de empregos serão gerados e o Brasil sairá da crise, mas o impeachment aprofundará a crise”, disse, ao reforçar que um possível golpe acirrará a disputa das ruas para que Dilma possa governar até 2018, conforme determina a eleição.

Uma luta que, segundo ele, não é um cheque em branco e virá acompanhada de cobranças por avanços para a classe trabalhadora. “Não haverá paz, porque lutaremos pela democracia. Eles são usurpadores da democracia, não nós. Nós estamos do lado certo da história, entendendo que o mandato da Dilma deve ser respeitado para que ela possa fazer um restante de mandato que atenda a todos os interesses da classe trabalhadora.”

Fonte: Contraf-CUT


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