O emprego foi a pauta principal da reunião, por videoconferência, entre os bancários do Itaú e a direção do banco, nesta quinta-feira (10). O tema, que já estava programado para ser debatido neste encontro, ganhou importância com as dezenas de demissões de bancários em todo o Brasil, realizadas nesta manhã.
Até por isso, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú começou a reunião reivindicando a suspenção das demissões. De acordo com denúncias, alguns avisos de desligamentos foram feitos por aplicativos.
“É um absurdo em meio à pandemia que estamos vivendo, as demissões mostram o desrespeito do banco com os trabalhadores, que estão se esforçando tanto num momento como este. Alguns deles foram demitidos por telefone, na frente da sua família, ignorando todo o serviço que prestaram”, declarou Jair Alves, coordenador da COE Itaú. “O banco está descumprindo o que anunciou em março”, completou Jair ao se referir ao comunicado do Itaú de que suspenderia as demissões durante a pandemia de coronavírus.
De acordo com o banco, as demissões aconteceram por mudanças no modelo de negócios de alguns processos internos, definidas em 2019 e que não foram implementadas anteriormente por conta da pandemia do coronavírus (Covid-19).
A reunião continuou com o objetivo de definir um calendário para debater a pauta de negociações. Foi quando o Itaú apresentou os números do banco de horas, acordado durante a pandemia, do fechamento de agências e do turnover no banco.
Depois da apresentação, os bancários encerraram as negociações em repúdio às demissões. A próxima reunião ficou marcada para terça-feira (15).
Fonte: Contraf-CUT