Segundo Fabiana Matheus, coordenadora da CEE/Caixa, é fundamental que a direção do banco adote uma nova postura. “A direção do banco tem que cumprir o que é acordado com os trabalhadores. O que temos hoje é o total desrespeito à mesa de negociação”, critica. Para protestar contra a intransigência da empresa, a Comissão Executiva convoca os empregados a se mobilizarem no dia da reunião, usando vestimenta presta nos locais de trabalho.
Pendências
Um dos pontos pendentes é a destinação do superávit do Saúde Caixa. A CEE/Caixa reivindica a implementação da proposta homologada na mesa permanente de 26 de maio de 2015. As medidas definidas são: redução do percentual de coparticipação de 20% para 15%, inclusão da remoção por ambulância no rol de serviços e a extensão de programas de qualidade de vida aos dependentes e titulares aposentados e pensionistas. Apesar das várias cobranças feitas pela Comissão Executiva, nenhuma delas foi adotada até agora.
A contratação de empregados, prevista na cláusula 50 do ACT 2014/2015, estará na pauta. “O acordo assegurou a contratação de mais 2 mil empregados até dezembro do ano passado, o que significaria chegarmos a 103 mil trabalhadores. No entanto, o que ocorreu foi uma redução do quadro de pessoal, o que é inadmissível diante da crescente demanda nas agências da Caixa de todo o país”, afirma Fabiana Matheus.
Outra reivindicação que será feita na negociação de quinta-feira diz respeito à retomada do Adiantamento Assistencial Odontológico. No fechamento da campanha salarial de 2015, foi acertado que seria apresentada até 31 de dezembro uma proposta, o que ainda não aconteceu. O benefício, suspenso de maneira unilateral no final de abril, garante que, em casos de procedimentos não cobertos pelo plano, o trabalhador da Caixa receba um adiantamento para pagá-lo. A quitação, sem juros, é feita em 10 parcelas.
Reestruturação das GIRETs
Assim como tem feito há mais de um mês, a Contraf-CUT vai solicitar esclarecimentos da Caixa a respeito de boatos sobre a reestruturação das GIRETs. No início de janeiro, o banco negou informações oficiais sobre a medida, mas relatos enviados por trabalhadores às entidades representativas indicam que há, sim, mudanças em curso. “Essa área envolve cerca de 5 mil bancários em todo o país. Queremos informações detalhadas e vamos exigir que ninguém seja prejudicado por essas alterações”, afirma Dionísio Siqueira, membro da CEE/Caixa.
A avaliação dos pilotos dos Fóruns Regionais de Condições de Trabalho também será tratada na negociação com a Caixa. E ainda o incêndio que destruiu uma agência barco que estava no porto de Curralinho (PA), na Ilha do Marajó. “Queremos saber o que será feito no sentido de substituir a embarcação o quanto antes, bem como a situação dos empregados da unidade e como estão as investigações sobre as causas”, diz Fabiana Matheus.