Notícias

home » notícias

14 de Julho de 2016 às 15:27

Contraf-CUT critica queda acumulada do PIB de 4,7% em 12 meses

Dez dos 12 setores produtivos pesquisados pela FGV tiveram queda no acumulado, com destaque para a indústria da transformação, comércio, transporte e construção


Crédito: Reprodução

O Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, acumula queda de 4,7% em 12 meses, segundo o Monitor do PIB de maio da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Essa é a 17ª queda consecutiva do indicador, que registrou recuo ligeiramente inferior ao observado em abril (-4,8%).

Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT, lembrou que, para um setor do movimento sindical que está prestes a iniciar suas negociações, não é bom ouvir que o PIB tem reagido mal e para baixo. “Temos criticado que as medidas para a retomada do desenvolvimento e da geração de emprego e de renda não dialogam com as políticas de manutenção da taxa Selic alta. Desde 2014 o movimento sindical bancário da CUT tem advertido que a crise política de disputa do poder feito por setores que perderam as últimas eleições tencionariam a conjuntura econômica. E continuamos advertindo que a saída não é atacando direitos trabalhistas ou a organização sindical. A crise começou em 2007 no sistema financeiro americano, de lá espalhou-se por vários continentes. Nós trabalhadores fomos atingidos em todos os países do mundo por uma crise criada pelos especuladores. E não queremos pagar o pato!”

Dez dos 12 setores produtivos pesquisados têm queda no acumulado de 12 meses, com destaque para a indústria da transformação (-9,9%), comércio (-9,9%), transporte (-7,4%) e construção (-5,7%). Outros setores com redução no acumulado de 12 meses são outros serviços (-3,7%), serviços de informação (-3,3%), indústria extrativa mineral (-3%), agropecuária (-2%), intermediação financeira (-0,6%) e administração pública (-0,2%).

Apenas dois itens acumulam alta nesse período, segundo o Monitor do PIB de maio: serviços imobiliários (0,2%) e eletricidade (2,5%).

Sob a ótica da demanda, apenas o setor externo é favorável para o PIB, com exportações crescendo 9,6% e as importações recuando 17,3%. A demanda interna é negativa nos três segmentos analisados: formação bruta de capital fixo, isto é, os investimentos (-15,8%), consumo das famílias (-5,4%) e consumo do governo (-1,2%).

Ainda de acordo com o Monitor do PIB, o Produto Interno Bruto apresentou quedas de 0,41% na passagem de abril para maio, de 0,46% no trimestre encerrado em maio na comparação com o trimestre encerrado em fevereiro e 4% na comparação com maio de 2015.

Fonte: Contraf-CUT, com agências


Notícias Relacionadas