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10 de Junho de 2016 às 06:21

COE do Itaú aponta prioridades na segunda reunião do GT de Saúde e Condições de Trabalho, nesta quinta-feira

Com um calendário de reuniões periódicas, próximo encontro está marcado para o dia 7 de julho, na sede do banco, em São Paulo


Crédito: Contraf-CUT
A Fetec-CUT/CN foi representada no GT pela companheira Louraci Morais do SEEB/Brasília

São Paulo - A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú apontou as principais questões que afetam o dia a dia dos bancários na segunda reunião do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde e Condições de Trabalho, nesta quinta-feira (9), na sede da Contraf-CUT, em São Paulo. Na ocasião, foram abordadas as questões sobre a gestão do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e do departamento de saúde ocupacional, além dos problemas que estes pontos vêm acarretando aos trabalhadores do banco.

Segundo a integrante da COE do Itaú e do GT de Saúde e Condições de Trabalho, Adma Gomes, vários problemas estão ocorrendo em todo o território nacional com relação ao PCMSO. “Os erros estão acontecendo no momento em que o bancário entrega sua documentação de afastamento/licença ao gestor, fato que vem ocasionando vários problemas, entre eles endividamentos e demissões. Por isso, cobramos do banco uma segunda alternativa ao bancário na apresentação dos documentos, para que os mesmos não se extraviem e que o trabalhador não seja penalizado com abandono de emprego ou até mesmo demitido”, explicou.

Sobre este assunto, o banco ficou de apresentar nos próximos encontros um plano de comunicação. A reivindicação dos trabalhadores é que o banco crie uma alternativa, um canal de comunicação para o bancário, que não seja só o gestor. O banco ficou de analisar.

Adiantamento e reembolso

Outro tema abordado na reunião foi sobre o requerimento de adiantamento emergencial de salário de benefício previdenciário e autorização de reembolso. Os representantes dos trabalhadores cobraram do banco explicações sobre duas cláusulas da CCT que estão sendo mescladas no documento: a cláusula 28 (complementação de auxílio-doença previdenciário e auxílio-doença acidentário) e a cláusula 62 (adiantamento emergencial de salário nos períodos transitórios especiais de afastamento por doença).

Para o coordenador da COE do Itaú, Jair Alves, o banco não pode mesclar duas cláusulas em apenas um requerimento. “Tratam-se de duas cláusulas importantes da CCT e que não podem ser mescladas em uma só. Vem causando muita confusão e endividamento para os funcionários do Itaú”.

O banco ficou de analisar o requerimento de adiantamento emergencial de salário de benefício previdenciário e autorização de reembolso.

Programa de Readaptação

Durante a reunião, o banco apresentou o Programa de Readaptação do Itaú. Os dirigentes sindicais destacaram os seguintes pontos para a construção de um programa de retorno ao trabalho com participação sindical:

  • Eliminar os riscos e adequar ou transformar a organização do trabalho para se adequar ao trabalhador;
  • É necessária equipe multidisciplinar;
  •  Os médicos devem comparecer ao local de trabalho dos bancários para ter conhecimento do trabalho real;
  • Autonomia do médico do trabalho em relação a instituição e seus gestores para atuar em prol da saúde do trabalhador (a);
  • O programa de retorno deve acatar a recomendação do médico assistente do (a) trabalhador (a) independente dos programas organizacionais de recompensa do banco;
  • O banco deve construir um amplo programa de esclarecimento em conjunto com o movimento sindical para evitar o assédio moral;
  • Criação de um canal de abertura com o banco para resolver os problemas que vem sendo relatados pelos trabalhadores e acompanhamento trimestral do programa e seus resultados.

“Além destas reivindicações, nós deixamos claro ao banco que a saúde do trabalhador é um direito imprescindível e, portanto, o que está em legislação deve ser respeitado”, ressaltou o secretário de Saúde da Contraf-CUT, Walcir Previtale.

Mais transparência de dados

Outro destaque da reunião foi em relação a transparência dos dados sobre o programa de readaptação. Os dirigentes cobraram da instituição financeira maiores informações sobre os participantes: a questão de gênero (quantos homens e mulheres fazem parte do programa) e as doenças mais incidentes dos participantes.

“Além de um maior detalhamento do programa, também solicitamos que o banco traga o número de bancárias e bancários afastados pelos benefícios acidentários (B91) e auxílio doença (B31)”, explicou Adma.

O banco ficou de averiguar a possibilidade de trazer este levantamento no próximo encontro.

A próxima reunião será dia 7 de julho na sede Itaú, em São Paulo.

Fonte: Contraf-CUT


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