Após o anúncio do presidente do Bradesco Octavio de Lazari, no final de novembro, quando disse que a instuição vai fechar 300 agências no país, os bancários da instuição representados pela COE-Bradesco (Comissão de Organização dos Empregados), estiveram reunidos com os representantes do banco nesta terça-feira 11, quando cobraram explicações sobre a reestruturação que o banco atravessa e que tem fechado agências em diversos locais. A ideia é garantir o emprego e a realocação dos trabalhadores destas agências. O dirigente do banco garantiu que não haverá́ demissões em massa e que os trabalhadores serão remanejados.
Além do emprego, os representantes dos trabalhadores reivindicaram um calendário de reunião nas federações, com objetivo de solucionar os problemas com o Plano de Saúde e Dental. Eles destacaram que os funcionários têm plano inferior ao oferecido no mercado. Foram relatados problemas como a dificuldade do retorno profissional quanto ao credenciamento, redução dos serviços e da rede credenciada e dificuldade de aprovação de alguns exames e o site desatualizado.
O banco aceitou a proposta do movimento sindical e o calendário será́ definido com cada federação, a partir de fevereiro de 2019.
A direção do Bradesco se comprometeu ainda em apresentar detalhadamente, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, o Programa de Desenvolvimento Organizacional para Melhoria Contínua de Adesão de Trabalho. O banco não se opôs a assinar o termo de adesão voluntária da cláusula 54 da CCT, que trata de requalificação e realocação profissional, junto com os demais bancos que compõe a mesa unificada da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban)
A reunião ainda debateu os demais pontos da minuta de reivindicações específica do banco, como plano de remuneração, plano de saúde para aposentados e bolsas auxílio educação e incentivo à cultura e a recomposição no valor do km para funcionários que utilizam veículos para serviços.
Segundo o coordenador da COE da Fetec-CUT/CN, Janes Estigarribia, que participou da reunião, emprego e seguro saúde foram destacados como prioridade. Também destacou que foi importante os representantes ouvirem do banco o compromisso em preservar os empregos, dando oportunidade a todos os trabalhadores lotados nas agências que serão fechadas até 2019.
Segundo ele, "vários itens da minuta ainda estão sob a mesa e queremos avançar, ele lembra que alguns itens da minuta já foram atendidos, como o uso da gravata, a não proibição do uso de barba, além de outros já contemplados na CCT dos bancários. Porém, existem reivindicações históricas que continuaremos insistindo com o banco. É importante nos organizarmos cada vez mais para lutarmos pelas reivindicações".
Fonte: Fetec-CUT/CN, com Contraf-CUT