Por Manoel Façanha - CUT/AC

Rio Branco AC - O movimento sindical lançou na manhã desta terça-feira (9), no Terminal Urbano de Rio Branco, abaixo-assinado contra a Emenda à Constituição (PEC) nº 006/2019, que muda para pior as regras da aposentadoria. O projeto foi apresentado ao Congresso Nacional neste primeiro trimestre pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL).

O ato de lançamento do abaixo-assinado contou com significativa participação popular. Centenas de assinaturas foram colhidas neste primeiro dia de coleta. O presidente do Sindicato dos Urbanitários, Marcelo Jucá, analisou de forma positiva o ato. O sindicalista durante a atividade se misturou entre comerciantes, moto-taxistas, usuários dos transportes públicos e vendedores ambulantes para convidá-los a fortalecer a luta dos trabalhadores. “O abaixo-assinado será um instrumento de luta capaz de mostrar aos políticos de Brasília o nosso descontentamento com essa proposta maléfica de reforma da Previdência. Uma reforma que, se aprovada, trará ainda mais injustiça social a nossa população”, analisa o sindicalista.

Entre os apoiadores do abaixo-assinado aparece a comerciante Luzia Barbosa, de 58 anos. Ele discorda da proposta de reforma de Previdência apresentada pelo presidente Jair Bolsonaro. “Faço questão de assinar esse documento, pois essa reforma trará mais miséria ao país”.

De acordo com a direção da Central Única dos Trabalhadores do Acre (CUT-AC), a coleta de assinaturas do abaixo-assinado contrário à reforma da Previdência seguirá no Terminal Urbano até o dia 30 de abril, no horário das 8h às 10h.

Após um encontro ocorrido na manhã desta quinta-feira (4), no auditório do Sinteac, sindicalistas resolveram que, a partir da próxima terça-feira (9), uma barraca será instalada no Terminal Urbano de Rio Branco para o início da coleta de assinaturas do abaixo-assinado para a rejeição do projeto. O prazo limite para o envio do abaixo-assinado será a segunda quinzena do mês de maio.

A presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-AC), professora Rosana Nascimento, esclareceu que, além do abaixo assinado, os sindicalistas estarão esclarecendo à população sobre os prejuízos que a proposta trará aos trabalhadores caso ela seja aprovada pelo congresso.

Preocupação

Para o secretário geral dos Urbanitários, Fernando Barbosa, a preocupação é a reforma da maneira como está posta. Ele afirma que o movimento vai seguir até a data de votação.

"Não temos uma data para dizer que terminou. Vamos estar nas ruas todos os dias. Todo dia vai ter sindicato na rua colhendo assinatura. O tempo para terminar é o tempo que a reforma vai tramitar no congresso.”

A comerciante Luzia Barbosa, de 58 anos, fez questão de parar e assinar o documento e dizer que não concorda com a medida.