Se é público, é para todos. Com esse slogan, a campanha em defesa das empresas, bens e serviços públicos, lançada em junho passado no Rio de Janeiro pelo Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, espalha-se agora pelo Brasil, com novas atividades em vários estados. Apesar de originada por temática específica (o então PLS 555), a iniciativa - que também já ganhou projeção internacional, durante seminário da UNI Finanças realizado na Argentina – é hoje um importante reforço na luta contra as privatizações almejadas pelo governo golpista de Michel Temer e pela melhoria dos serviços públicos.
“O comitê foi gestado a partir de um objetivo específico, que era impedir a aprovação do PLS 555, o chamado Estatuto das Estatais. O projeto passou para a Câmara, voltou ao Senado e tornou-se a lei 13.303. Nesse percurso, conquistamos avanços não só no texto, mas também na nossa unidade, agregando dezenas de entidades pelo País. E agora ampliamos nossa ação, nosso alcance, pois com o governo golpista cresce o embate ideológico, já que o capital e o privado são priorizados por Temer e sua equipe”, explicou a coordenadora do comitê nacional, Maria Rita Serrano, lembrando que várias atividades deste mês de agosto serão realizadas em sindicatos bancários, vez que a categoria está em campanha nacional e os bancos públicos sob ameaça.
Desde o início da luta contra o PLS 555 Rita já participou de dezenas de atividades sobre a temática e, alerta, a discussão será ainda mais necessária nesse ano eleitoral. Na próxima quinta-feira (11), os integrantes do comitê nacional devem se reunir em Brasília para realizar balanço das ações e definir novas estratégias, entre elas a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) que deve ser movida, já que há discriminação a sindicalistas, o que é inconstitucional e cria dificuldades para eleição de representantes dos trabalhadores nos conselhos de administração. Lançada recentemente no Grande ABC com palestra do jornalista Luís Nassif e nos encontros estaduais e nacional dos trabalhadores bancários, além de Juiz de Fora (MG), a campanha também tem lançamentos agendados em estados do Nordeste e no Distrito Federal.
Em Brasília, além dos representantes locais o lançamento contará com a presença de Maria Rita; do presidente da Fenae, Jair Ferreira, e de autores dos livros O Brasil que queremos, (coletânea de artigos organizada pelo cientista político Emir Sader, com patrocínio da Fenae) e Por que gritamos golpe?, que reúne 30 autores e tem organização de Ivana Jinkings, Kim Doria e Murilo Cleto. As duas obras serão lançadas durante o evento. Já nos estados do Nordeste haverá o lançamento do livro organizado por Sader, com a realização de palestras e a participação da coordenadora do comitê nacional e do vice-presidente da Fenae, Clotário Cardoso. Todos os eventos são abertos ao público.
Confira abaixo a programação de lançamento da campanha neste mês de agosto. As atividades acontecem nos sindicatos dos bancários locais:
10/08 – Brasília. Lançamento da campanha e dos livros O Brasil que Queremos e Por que gritamos golpe?
15/08 – Bahia. Lançamento da campanha e do livro O Brasil que queremos, com palestra do cientista político Emir Sader.
16/08 – Pernambuco. Lançamento da campanha e do livro O Brasil que queremos, com palestra do cientista político Emir Sader.
17/08 – Ceará. Lançamento da campanha e do livro O Brasil que queremos, com palestras de Emir Sader e Luiz Antônio Correa.
18/08 – Alagoas. Lançamento da campanha e do livro O Brasil que queremos, com palestras de Emir Sader e Luiz Antônio Correa.