Os números apontam que houve aumento nas contratações da carteira de habitação, no crédito comercial, na área de saneamento e infraestrutura e no crédito rural, bem como na captação de recursos (caderneta de poupança). A carteira de crédito ampla, por exemplo, avançou 15,5% em 12 meses e 2,8% no trimestre. O saldo alcançou R$ 666,1 bilhões, representando 20,9% do mercado.
Já o crédito habitacional continuou a ser o principal destaque, com evolução de 17,2% em relação ao acumulado entre janeiro e setembro de 2014. O saldo atual é de R$ 375,7 bilhões, o que representa 67,5% de participação no mercado. “O balanço reforça a importância da Caixa para o país e para os brasileiros. Por isso, temos que continuar lutando contra qualquer iniciativa, como o PLS 555/2015, que ameace a manutenção do banco como 100% pública”, diz o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.
Para Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), os dados também mostram que o banco tem condições de melhorar as condições de trabalho nas unidades e contratar mais. “Enquanto a Caixa lucra mais e ganha mais com tarifas, os empregados, que fazem todo esse resultado positivo, convivem com sobrecarga, pressão por metas e adoecimento. É preciso que os ganhos da empresa sejam revertidos em respeito à qualidade de vida da categoria”, afirma.
“A própria Caixa destaca, no balanço do terceiro trimestre, que ‘tal desempenho ocorreu com o empenho de seus 97,7 mil empregados concursados, além de 15 mil estagiários e aprendizes’. Ela ignora, porém, que esse quantitativo de trabalhadores não atende a demanda, que é crescente. Hoje, na média, são quase 800 clientes por empregado. Em 2003, eram 335”, acrescenta Jair Pedro Ferreira.