“A instituição está não somente liderando a lista como também está aumentando o número nominal de reclamações. Isso é um indício claro de que algo está errado na gestão da Caixa. A falta de pessoal é o principal problema no atendimento. Retomar as contratações é urgente para prestar melhor serviço aos clientes e usuários e para melhorar as condições de trabalho nas unidades”, diz o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira.
“A falta de empregados se agravou com a realização do Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA) este ano, quando mais de 3 mil deixaram a empresa. É inadmissível a postura da direção do banco de não contratar, enquanto cerca de 30 mil aprovados no concurso de 2014 aguardam convocação. A luta e a mobilização continuam, nas unidades, no Congresso e no Judiciário”, afirma Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).
A Caixa voltou a ocupar o primeiro lugar no ranking do Banco Central em dezembro do ano passado, o que não ocorria desde 2007. Neste ano, a instituição também figurou no topo em janeiro, fevereiro, julho, agosto, setembro e outubro. Para se ter uma ideia, em 2003 eram 335 clientes por empregado. No primeiro semestre deste ano, a média nas unidades da Caixa é de 778 clientes por trabalhador. “Data a importância social da Caixa, esse dado se torna ainda mais inaceitável”, completa Clotário Cardoso, vice-presidente da Fenae.
Ranking do Banco Central
Na segunda posição no ranking, aparece o Bradesco, com índice de queixas de 9,17, com 705 reclamações. O Itaú/Unibanco manteve a terceira posição, com 537 reclamações e índice de 9,01. Na quarta posição está o Santander, com 237 reclamações e índice 7,1. Fechando o ranking dos cinco primeiros está o Banrisul, com 5,7 e 22 reclamações.
Para construir o ranking, o BC divide os bancos entre aqueles com mais de dois milhões de clientes e os com menos de dois milhões. São considerados clientes aqueles com depósitos (contas correntes e poupanças) cobertos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), com operações de crédito e outros tipos de depósitos não cobertos pelo FGC.
Os trabalhadores de bancos públicos e privados que forem cobrados para continuar a compensar os dias da greve devem denunciar o problema ao Sindicato. Isso porque o prazo para a reposição acabou na terça-feira 15: segundo a cláusula 58º da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), a compensação, de até uma hora por dia, deveria ser feita de 3 de novembro (data da assinatura do acordo) a 15 de dezembro. Também não pode haver qualquer tipo de desconto referente aos dias.