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São Paulo – O Brasil superou mais um recorde da pandemia, ao notificar a morte de 1.349 pessoas com a covid-16. Outros 28.633 novos casos de coronavírus foram confirmados neste 3 de junho. Foi no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro oficializou Eduardo Pazuello como novo ministro da Saúde, depois de 19 dias de interinidade. Em que o presidente vetou o repasse de R$ 8,6 bilhões de ajuda a estados e municípios para o combate ao coronavírus. E um dia depois de Bolsonaro lamentar as mortes dos infectados pela doença com um “mas é o destino de todo mundo”.
É a segunda vez que usa o jargão de resignação no lugar de uma palavra de conforto – já o havia feito uma vez em março.
O país atingiu 32.548 mortes pela covid-19 desde o início da pandemia. Os total de casos confirmados neste 3 de junho chegou a 584.106. Há 30 dias, em 5 de maio, o total de casos confirmados era de 114.715. Em um mês , o contágio avançou à média de 15.646 casos por dia.
Entre 28 de maio e 2 de junho, o total de casos confirmados teve um aumento de 145.868 registros. Nesta última semana, a média subiu para 20.838 novos casos por dia. Essa velocidade maior de contágio ocorre na maioria dos estados.
Apesar de a curva estar evidentemente em ascensão, diversos organismo de pesquisa do Brasil e do mundo estimam em oito a 15 vezes mais o total de casos não notificados. O país ainda não consegue testar sua população em massa e nem sequer conseguiu avançar nos estudos por amostragem. O tamanho real da pandemia no país, portanto, ainda não se sabe.