São Paulo – A primeira rodada da mesa temática específica sobre o BB Digital, conquista da Campanha Nacional Unificada 2016, foi marcada pelo posicionamento evasivo dos representantes do Banco do Brasil sobre as reivindicações da comissão de empresa dos funcionários. A reunião ocorreu na quarta-feira 14.
Os dirigentes sindicais cobraram que os trabalhadores que ficarem excedentes nas agências convencionais, por conta da transferência de suas carteiras para os escritórios digitais, tenham direito ao pagamento de verba de caráter pessoal (VCP) até que sua situação esteja regularizada. Além disso, que esses funcionários tenham prioridade na transferência para vagas comissionadas das agências digitais.
Oe negociadores do BB não se posicionaram. Informaram apenas que até o final deste ano serão abertas mais 46 agências digitais e outras 209 em 2017, sem detalhar onde serão instaladas. Ao final de todo esse processo, a instituição contará com total de 487 unidades digitais em todo o país.
“As agências digitais absorvem as carteiras das convencionais de uma localidade. Ou seja, quem ralou tanto para conquistar essa clientela para o banco perde tudo, pois não há garantia de ser transferido para a agência digital que ganhou sua carteira. Fica sem função na unidade convencional”, critica o diretor do Sindicato Felipe Garcez, que participou da negociação. “Também cobramos que o banco apresente informações mais precisas sobre o BB Digital que continua sendo um verdadeiro mistério para os funcionários. Isso apenas causa intranquilidade e incerteza sobre o futuro.”
Os debates dessa mesa serão retomados no início de janeiro.