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25 de Julho de 2016 às 16:25

Bancários têm nova rodada de negociação com Bradesco nesta terça-feira (26)

COE Bradesco debate retorno ao trabalho e cláusula de melhoria nas condições de trabalho


Crédito: Reprodução

A Contraf-CUT, Federações, Sindicatos e a Comissão de Organização dos Empregados do Bradesco (COE) do Bradesco, voltam à mesa de negociação com o banco, nesta terça-feira (26), em Osasco, na região metropolitana de São Paulo.

A primeira parte da reunião será destinada ao debate sobre retorno ao trabalho.  Os bancários apontam que o programa do banco, além de conter inúmeros problemas em relação às legislações vigentes, prioriza a adaptação do trabalhador ao local de trabalho e não prevê a mudança do ambiente estrutural e das condições de trabalho para receber o bancário que ficou afastado.

“Falta acolhimento adequado para quem está voltando da licença saúde. O bancário fica perdido, com a falta de direcionamento da atividade e de adaptação das condições de trabalho. Há muitas falhas, que podem piorar o quadro de saúde ou acarretar outros problemas”, afirmou o coordenador da COE do Bradesco, Gheorge Vitti.

A mesa de negociação com o banco também irá discutir a cláusula 57ª da Convenção Coletiva de Trabalho, que dispõe sobre o desenvolvimento de programas para a melhoria contínua das relações de trabalho nos bancos, e representa uma importante conquista da categoria bancária na Campanha Nacional do ano passado.

A cláusula 57ª determina que a Fenaban institua, em cada banco, uma comissão paritária, constituída por representantes das COE’s (Comissão de Organização dos Empregados), da Contraf-CUT e do empregador, para acompanhamento e implementação de políticas que intervenham nos ambientes de trabalho, com objetivos de melhorar as relações e condições de trabalho. Os princípios já estão definidos pela cláusula 56ª da CCT – que trata da prevenção de conflitos no ambiente de trabalho e de combate ao assédio moral – assinados com os bancos desde janeiro de 2011.

“Outro ponto que vamos discutir é referente a questão das metas. Os bancos sempre apresentam que os abusos estão relacionados ao gestor, mas precisam debater a formulação das metas e o Bradesco, em especial, tem fugido deste debate”, lembrou Gheorge.

A dirigente sindical do Sindicato dos Bancários de São Paulo, oriunda do HSBC, Liliane Fiuza, destacou que o Bradesco precisa detalhar e sanar muitas dúvidas em relação à cláusula 57ª da CCT. O período de transição, após a incorporação do HSBC, pelo Bradesco, começou em julho. O processo, deve ser finalizado no dia 7 de outubro, quando haverá a integração de todo o sistema.

“No HSBC já tínhamos conquistado um departamento específico de apuração dos casos de assédio moral. Era um departamento independente, ligado ao RH, e não às diretorias comerciais, para evitar interferência dos assediadores. Esperamos avançar neste debate dentro do Bradesco”, explicou Liliane.

“Com a aquisição do HSBC, o Bradesco passa a ser uma das maiores empresas no país, em número de funcionários. Por isso, a nossa constante preocupação com o tema sobre retorno ao trabalho, de modo com que a instituição cumpra sua responsabilidade social”, concluiu Ademir Vidolin, secretário de Saúde da Fetec/PR e membro da COE do Bradesco.

A COE do Bradesco está reunida nesta segunda-feira (25), na sede da Contraf-CUT, em São Paulo, para aprofundar as pautas a serem debatidas.

Fonte: Contraf-CUT


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