Durante o Feirão, dirigentes se reuniram com o vice-presidente de Governo da Caixa, Paulo Galli. Reforçaram as preocupações do movimento sindical com o futuro do banco público e dos seus empregados, já apresentadas em negociação realizada na última quinta-feira (2), na qual também foram debatidas questões referentes à extinção de caixas e redução de pessoal.
“Nós entregamos documentos e uma carta aberta para ele, em defesa da Caixa e contra a privatização. A nossa manifestação também chamou a atenção dos clientes e dos empregados da Caixa sobre a condições de trabalho no banco e contra o desmonte que o governo interino quer fazer. Não aceitaremos o enfraquecimento da Caixa, que hoje tem papel importante em vários projetos sociais, como habitação”, ressalta Sérgio Takemoto, secretário de Finanças da Contraf-CUT e empregado da Caixa.
Além da abertura de capital, Occhi quer fechar centenas de agências em todo o país e reduzir o quadro de empregados. “Não aceitaremos ataques contra a Caixa e seus trabalhadores. O que o banco público precisa é contratar para fortalecer seu papel estratégico para o país”, reforça o também dirigente sindical e empregado da Caixa Francisco Pugliesi.
“Viemos aqui [no Feirão] defender uma Caixa 100% pública. Programas sociais fundamentais, operados pela Caixa, já estão sofrendo cortes. Esse “governo” interino quer acabar com o papel estratégico do banco, de fazer a disputa do mercado financeiro nacional, de ofertar crédito mesmo em conjunturas difíceis, de promover medidas anticíclicas para estimular o consumo, produção e, por consequência, o crescimento da economia”, diz Dionísio.
Luta por direitos – Os dirigentes também aproveitaram para consultar os bancários da Caixa sobre o apoio à grande mobilização em defesa dos direitos trabalhistas programada para 10 de junho, em todo o País.