São Paulo - Mobilização. É o que ecoa por todo o país nesta terça-feira 29 como recado aos banqueiros. Contra a proposta da federação dos bancos rechaçada por 97% dos bancários que responderam enquete no site do Sindicato, o trabalho em quatro importantes centros administrativos de São Paulo está parado. As ações fazem parte do Dia Nacional de Luta dos bancários na Campanha Nacional Unificada 2015.
O dia ainda estava escuro quando dirigentes sindicais chegaram no Centro Administrativo Tatuapé do Itaú, que possui cerca de 5 mil funcionários, no ITM, também do Itaú, que tem cerca de 3 mil trabalhadores, no Bradesco Telebanco, onde aproximadamente 3 mil funcionários exercem suas funções e ainda no Vila Santander, com cerca de 2.500 funcionários. Tanto os bancários quanto os terceirizados permanecem mobilizados. Nas quatro concentrações estão instalados os teleatendimentos dos bancos.
"A categoria está indignada com a proposta dos bancos e a resposta está sendo dada com protestos hoje em todo o país. Agora, também é importante que os funcionários de bancos públicos e privados se organizem em seus locais de trabalho e participem da assembleia desta quinta que decidirá sobre a greve a partir do dia 6", afirma a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Juvandia Moreira.
A assembleia marcada para quinta 1º começa às 19h na Quadra dos Bancários. O Sindicato está tomando todas as medidas necessárias para que a possível greve da categoria não corra risco de ser impedida judicialmente pelos bancos. Para isso uma série de prazos previstos na Lei de Greve deve ser respeitada.
Proposta desrespeitosa
Em negociação do dia 25, em vez de aumento para salários, vales e PLR, os banqueiros ofereceram à categoria perda de 4%. No lugar de ganho real, um abono de R$ 2.500 que nem é este valor mesmo já que sobre ele incide imposto de renda e INSS. E é pago uma vez só, ou seja, não tem efeito no FGTS, na aposentadoria e no 13º salário.
Fonte: Seeb SP