Os eixos centrais da Campanha Nacional 2016 são: reposição da inflação do período mais 5% de aumento real; valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho); PLR de três salários mais R$ 8.317,90; combate às metas abusivas, ao assédio moral e sexual; fim da terceirização; mais segurança; melhores condições de trabalho. A defesa do emprego também é prioridade, assim como a proteção das empresas públicas e dos direitos da classe trabalhadora.
Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional, lembrou que os banqueiros fizeram uma proposta rebaixada e começaram a fazer uma disputa com os sindicatos valorizando a oferta. “Uma desnecessidade! Eles sabem que a proposta é ruim, reduz salários, reduz VA, VR, reduz auxílios, não garante empregos, não traz nenhum avanço na saúde, segurança, condições de trabalho, igualdade de oportunidades nem avança para resolver a assimetria salarial entre homens e mulheres bancárias. Dizem que temos que ser criativos e fazer uma contraproposta”, disse.
Von der Osten ainda completou. “A nossa proposta está elencada criativamente em 128 artigos da Minuta de Reivindicações que construímos democraticamente debatendo com milhares de bancários e bancárias de todo o Brasil e que entregamos a eles no dia 9 de setembro. Depois de cinco rodadas de negociação, eles já deveriam estar nos valorizando. Podem fazer isso! Só no primeiro semestre os cinco maiores bancos lucraram mais de R$ 29,7 bilhões”.
Para o presidente da Fenae, Jair Ferreira, ao rejeitarem a proposta da Fenaban, os bancários demonstram que não vão aceitar o rebaixamento dos seus salários e que pretendem se mobilizar e lutar pelas suas reivindicações, justas e legítimas. “No caso da Caixa, queremos negociação que apresentem resultados concretos, já que até o momento, após três negociações, não foram apresentadas quaisquer propostas”, ressaltou. Jair acrescentou: “ainda em relação à Caixa, é urgente a retomada das contratações e o retorno de direitos que foram retirados recentemente com medidas como o RH 184”.
Na segunda-feira (5), os bancários e bancárias voltam a se reunir em assembleia nos sindicatos e federações para organizar o movimento e ratificar a decisão de greve, caso os banqueiros não apresentem propostas que contemplem as reivindicações sociais e econômicas da categoria.