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5 de Outubro de 2015 às 09:32

Bancários de todo o país entrarão em greve a partir da próxima terça-feira, 6 de outubro

Decisão, referendada em assembleias realizadas em todo o país, segue orientação do Comando Nacional dos Bancários. Para os representantes dos trabalhadores, proposta apresentada pela Fenaban significa retrocesso e desrespeito à categoria


A partir da próxima terça-feira, 6 de outubro, conforme decisão referendada na noite desta quinta-feira (1º) por assembleias sindicais realizadas em todo o país, os bancários cruzam os braços por tempo indeterminado em resposta à intransigência dos banqueiros para as reivindicações da campanha nacional unificada 2015.

A decisão de paralisar as atividades em agências e unidades segue orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Na última rodada de negociação, em 25 de setembro, a Fenaban ofereceu reajuste irrisório de 5,5% para salários e outras verbas, e um abono de R$ 2.500. A proposta foi considerada um retrocesso e um desrespeito à categoria.

A disposição dos bancários é construir uma greve forte. Para isso, a partir do dia 6, serão realizados em todos os estados piquetes e manifestações, de modo a intensificar a pressão por aumento real de salários e melhorias nas condições de trabalho.

Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, classificou como desrespeitosa e oportunista a atitude dos bancos. "Justamente o setor que mais tem lucro no Brasil apresentou a pior propostas que os trabalhadores poderiam receber", afirmou. "A resposta dos bancários não poderia ser outra senão greve. Exploração não tem perdão", completou.

Fabiana Matheus, coordenadora da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), afirma que a proposta rebaixada da Fenaban foi agravada pelas sucessivas negativas do banco às reivindicações específicas dos trabalhadores. “Conhecemos bem essa política de reajuste abaixo da inflação e abono. Com essa intransigência, após 11 anos consecutivos de ganhos reais e avanços econômicos, os bancos estão nos empurrando para a greve mais uma vez. É hora de mobilização da categoria em todo o Brasil”, destaca.

Os bancários reivindicam reajuste salarial de 16% (reposição da inflação mais 5,7% de aumento real); PLR: 3 salários mais R$ 7.246,82; piso: R$ 3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último); vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 788 ao mês para cada (salário mínimo nacional); melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários; fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações,  igualdade de oportunidades, entre outros.

A maioria das bases sindicais do país realiza na próxima segunda-feira, 5 de outubro, nova rodada de assembleias, para organizar o movimento.

Bases que aprovaram greve por tempo indeterminado  até às 21h30 desta quinta-feira, conforme dados repassados à Fenae e Contraf-CUT: Brasília (DF), São Paulo, Osasco e Região (SP), Guarulhos (SP), ABC Paulista (SP), Campinas (SP), Vale do Ribeira (SP), Mogi das Cruzes (SP), Jundiaí (SP), Limeira (SP), Taubaté (SP), Piracicaba (SP), Barretos (SP), Belo Horizonte e Região (MG), Zona da Mata e Sul de Minas (MG), Ipatinga (MG), Teófilo Otoni (MG), Rio de Janeiro (RJ), Niterói (RJ), Macaé (RJ), Itaperuna (RJ), Teresópolis (RJ), Campos dos Goytacazes (RJ), Petrópolis (RJ), Três Rios (RJ), Nova Friburgo (RJ), Espírito Santo, Porto Alegre (RS), Pelotas (RS), Alegrete (RS), Caxias do Sul (RS), Passo Fundo (RS). Carazinho (RS), Santa Maria (RS), Santa Cruz do Sul (RS), Santa Rosa (RS), Vale do Paranhana (RS), Curitiba (PR), Londrina (PR), Ponta Grossa (PR), Campo Mourão (PR), Cornélio Procópio(PR), Toledo (PR), Apucarana (PR), Arapoti (PR), Guarapuava (PR), Paranavaí (PR), Florianópolis (SC), Blumenau (SC), Criciúma (SC), Chapecó (SC), Araranguá (SC), Videira (SC), Joaçaba (SC), Pernambuco, Ceará, Bahia, Paraíba, Sergipe, Alagoas, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Vitória da Conquista (BA), Feira de Santana (BA), Itabuna (BA), Extremo Sul da Bahia, Campina Grande (PB), Goiás, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Acre, Amapá, Roraima, Rondonópolis (MT), Campo Grande (MS) e Dourados (MS).

Fonte: Fenae Net

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