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16 de Outubro de 2015 às 14:03

Bancários de pijama ocupam o Vila Santander durante a noite para protestar contra o contingenciamento imposto pelo banco


Crédito: SEEB/São Paulo
Madrugada foi feita para dormir

São Paulo - Os banqueiros estão queimando neurônios pensando em como driblar a forte greve dos bancários que nesta sexta-feira chega ao 11º dia. Deve ser por isso que não conseguem pensar numa proposta decente para apresentar aos trabalhadores.

Enquanto isso, impõem muito sofrimento justamente àqueles que são os principais responsáveis pelos seus bilionários ganhos. O Santander não foge à regra. Bancários são deslocados de um lado para o outro, forçados a trocar de horário e até chegar de madrugada nos locais de trabalho para furar a greve.

Para protestar, o Sindicato promoveu um ato em frente ao Vila, call center do banco espanhol na zona norte de São Paulo. De pijama, bancários passaram a noite em frente à concentração, conversando com outros trabalhadores pressionados a trabalhar em horário indevido.

“A madrugada foi feita para o sono, no máximo para diversão”, afirma a diretora executiva do Sindicato, Rita Berlofa, que participou do protesto. “O que o banco faz demonstra o desrespeito que tem com os bancários”, reforça Maria Rosani Gregorutti, também diretora executiva do Sindicato em frente ao Vila.

Por volta das 23h, duas viaturas da Polícia Militar chegaram ao local a pedido do Santander. "Como pode chamar reforço policial para garantir o descumprimento da lei?", questiona a dirigente sindical.

Rita relata que o Sindicato tem recebido dezenas de mensagens, diariamente, denunciando os inúmeros contingenciamentos impostos pelo Santander e por outros bancos.

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“Perda de tempo”, critica a dirigente.  “A greve dos bancários está forte em São Paulo e em todo o Brasil, porque os trabalhadores sabem do seu valor e da proposta ridícula apresentada pelas instituições financeiras. Se querem acabar com a greve, não precisam desrespeitar direitos. Basta negociar com seriedade e apresentar proposta digna à categoria”, completa a dirigente.

Fonte: SEEB/São Paulo - Da redação


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