São Paulo - Funcionários do Banco do Brasil de todos os cantos do país realizaram nesta sexta-feira (15) um Dia Nacional de Luta contra a reestruturação na Vice-Presidência de Serviços e Infraestrutura, iniciada desde o dia 7/01 e que prevê cortes de funcionários em vários locais.
Os bancários cobram do banco o adiamento da reestruturação, considerando que até o momento não existem informações claras sobre o tamanho da redução dos quadros de cada unidade afetada, bem como um total desencontro nas informações prestadas pelas diversas diretorias envolvidas, seja Disec, Dipes e Diren.
Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, este processo está sendo o pior e mais desorganizado processo de reestruturação dos últimos anos.“Uma diretoria que não consegue fazer uma planilha com os nomes dos cargos e a quantidade de redução de funcionários não pode fazer um processo tão complexo em tão pouco tempo. Falta respeito com os funcionários e falta prazo suficiente para a adequação necessária das pessoas, uma vez que muitos cargos são cortados a opção de realocação oferecida é em outro estado e a mais de mil quilômetros”, lamentou Wagner e destacou que por essas e outras razões faz-se necessário o adiamento do processo, em respeito às pessoas e para que seja possível realizar as alocações necessárias e, em alguns casos verificar se há de fato necessidade de cortes.
A falta de informações consistentes tem sido a tônica deste processo desde a primeira reunião com as entidades sindicais. O banco fez uma apresentação que sequer constava o número de cargos cortados.
Alegando que o sistema ainda não havia rodado, o banco se comprometeu em apresentar a planilha completa aos sindicatos a partir do dia 8 de janeiro. Mais de uma semana após, a diretoria não apresentou os dados.
Os sindicatos estão procurando as áreas afetadas, as gerências de gestão de pessoas (Gepes), que também não informaram os números com precisão, conforme os relatos quem têm chegado à Contraf.
Política do ‘não sei’
Os funcionários têm demonstrado muita preocupação com essa reestruturação, pois mesmo os gestores locais não têm dados precisos dos números e nem dos procedimentos. Bancárias e bancários são informados que haverá redução dos cargos, mas quando fazem as perguntas sobre: a situação de quem está ou vai sair de férias; se vão ser destravados para as concorrências ou qual o número exato da redução de funcionários em cada cargo, a resposta mais comum é ‘não sei’.