São Paulo – A direção do Banco do Brasil assumiu compromisso com representantes dos trabalhadores de que, já a partir das próximas concorrências para cargos, entrarão em vigor medidas que tornarão mais transparente a ascensão profissional na instituição, em especial para Pessoas com Deficiência (PCDs) e para mulheres.
As mudanças foram tema de mesa específica sobre ascensão, ocorrida em 6 de julho, e preveem, por exemplo, a realização de mapeamento para identificar os funcionários com deficiência na instituição. Esse público também terá flexibilidade de prazo e prioridade no sistema para obter promoção, mas essa movimentação na carreira terá de ser referendada pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT).
“Uma das principais queixas desses trabalhadores é a falta de oportunidades na carreira, mesmo com boa formação e desempenho profissional. Essas medidas possibilitarão mais chances de promoção a esses funcionários”, afirma o diretor do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, João Fukunaga.
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falta de estrutura no Banco do Brasil
Os representantes do banco também disseram que haverá aumento na proporção de mulheres chamadas para entrevistas de seleção a cargos comissionados, por meio do programa Talentos e Oportunidades (TAO). “Atualmente a quantidade de bancários entrevistados é muito maior que de bancárias. Esperamos que já a partir dos próximos processos seletivos, a quantidade de convocadas para entrevistas cresça e que se corrija essa distorção. Vamos acompanhar esse processo de perto”, diz o dirigente sindical.
Basta de favorecimentos – O banco também informou que, com o objetivo de evitar favorecimentos, estabelecerá prazo mínimo de 180 dias para que o funcionário recém-promovido tenha uma nova evolução na carreira. Além disso, as vagas terão de permanecer disponíveis pelo menos por dois dias úteis, para que todos possam se candidatar.
“Uma das principais queixas era que supervisores ligavam para conhecidos informando que seria aberta uma vaga. Combinavam horário para disponibilizar no sistema e a pessoa se inscrevia e preenchia a vaga imediatamente. Os demais trabalhadores só ficavam sabendo do comissionamento bem depois de tudo concretizado. Agora, pelo menos, haverá mais possibilidade de saber da existência da vaga e poder se candidatar”, comenta João.
Cobrado pelo movimento sindical, o banco também assumiu outros compromissos: de dar ampla publicidade de vagas e oportunidades no SISBB e no WEB 2017/8; de que os processos seletivos para grandes unidades contarão com a consultoria da Gepes (Gestão de Pessoas); e o de reformular o curso para as pessoas que fazem as entrevistas de seleção.
Fonte: SEEB/São Paulo - Jair Rosa