Em fevereiro, a Funcef já havia apresentado dados referentes a novembro de 2018, que indicavam superavit, informação que deixou os participantes apreensivos sobre a possibilidade de revisão dos planos de equacionamento que atingem milhares de participantes do Reg/Replan Saldado e Não Saldado.
Essa expectativa ganhou força no final do ano passado, quando o Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) publicou a resolução nº 30, dando aos fundos de pensão a opção de ampliar o período e o número de parcelas das contribuições extraordinárias, o que permitiria atenuar o peso desses descontos no contracheque dos trabalhadores.
Questionada por participantes sobre a implementação da resolução nº30, a Funcef disse aguardar uma consulta feita à Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). Somente após esse crivo, a fundação poderá fazer um estudo solvência dos planos para avaliar a viabilidade de uma eventual extensão do prazo de equacionamento dos déficits, conforme prevê a nova regra. O processo ainda precisará passar pela Caixa e pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), do Ministério do Planejamento.
O resultado anunciado colhe os frutos do bom momento dos investimentos estruturados, a exemplo dos FIPs Neo Energia (Belo Monte) e Barcelona, ambos citados pelos gestores da Funcef na apresentação. A rentabilidade dos investimentos estruturados em 2018 foi de 18%, operações com participantes (Credplan) ficou em 13,07%, renda variável chegou a 12,96%, e renda fixou chegou a 10,13%. A fundação destacou o desempenho da Vale, que chegou a R$ 1,47 bilhão.
Fonte: Fenae