Notícias

home » notícias

27 de Maio de 2019 às 15:20

Todos às ruas hoje pela educação e contra a reforma da previdência, orienta Fetec-CUT/CN

Manifestações, que estão sendo convocadas em todo o país pelas entidades de professores e estudantes, são um ensaio para a greve geral de 14 de junho


Crédito: Reprodução

A Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) orienta os sindicatos filiados a somarem forças com os estudantes e com os professores na convocação e mobilização da categoria e dos trabalhadores em geral para as manifestações desta quinta-feira 30 de maio contra os cortes na educação pública e contra a reforma da previdência. Os atos estão marcados para todo o país e servirão também de aquecimento para a greve geral de 14 de junho convocada pela CUT, demais centrais sindicais e movimentos sociais.

Veja aqui dez razões para participar dos atos desta quinta-feira.

Leia também: Segundo tsunami da educação toma as ruas do Brasil. Confira o balanço da manhã

“Os cortes nas universidades federais fazem parte da estratégia do governo Bolsonaro de destruir a educação pública no país, das creches ao terceiro grau. A educação pública não é assunto de interesse apenas dos professores e estudantes, mas de toda a classe trabalhadora, porque o ensino gratuito e de qualidade é um direito dos nossos filhos e netos. Por isso temos que ir para as ruas junto com estudantes e professores defender esse direito básico de cidadania”, convoca Cleiton dos Santos, presidente da  Fetec-CUT/CN.

Os atos, inicialmente convocados por entidades estudantis, entre as quais a UNE, ocorrerão quatro dias após as manifestações desde domingo 26 em apoio ao governo Bolsonaro, que foram menores que as mobilizações em defesa da educação do dia 15 de maio e deixaram claro que a presença de apoiadores menor do que o esperado mostram a perda de apoio à reforma da previdência.

Na semana passada, a CUT as entidades que compõem o Fórum Nacional Popular da Educação (FNPE) decidiram apoiar e participar das mobilizações em defesa da educação e contra a reforma da Previdência do dia 30.

FNPE é composto por 35 entidades da comunidade educacional brasileira, além de entidades sindicais como a CUT, a CNTE, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee ) e Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra).

Confira os locais onde serão realizadas manifestações no dia 30

Nota oficial da CUT

Veja abaixo a nota que a direção executiva da CUT emitiu em 22 de maio convocando a classe trabalhadora a participar das mobilizações do dia 30 de maio.

30 DE MAIO

EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA E DO EMPREGO

NÃO À REFORMA DA PREVIDÊNCIA

RUMO À GREVE GERAL EM 14 DE JUNHO 

 

No dia 15 de maio, mais de um milhão de pessoas saíram às ruas em defesa da educação e contra a reforma da Previdência. Foi a maior mobilização de massa contra o atual governo, realizada em mais de 200 cidades do país, incluindo todas as capitais. 

O evento mudou o quadro político, demonstrando o descontentamento de setores crescentes da população contra o governo Bolsonaro.

Renovou, ao mesmo tempo, a energia para continuarmos o trabalho com nossas bases, estreitando as relações com os movimentos populares e setores da sociedade contra a reforma da Previdência, em defesa da educação pública, do emprego e da soberania nacional, acumulando forças para a realização da greve geral no dia 14 de junho.

O dia 15 de maio aconteceu no rastro de um processo crescente de mobilizações que teve início em 8 de março, passando pelas manifestações de 22 de abril, pela comemoração do 1º de maio e que terá no próximo dia 30 de maio mais um grande momento de luta. Articulado pela CNTE, o 15 de maio foi organizado em muitas regiões e cidades pelo sindicatos dos professores.

A pauta em defesa da educação e contra a reforma da Previdência ganhou amplo apoio, com o anúncio de cortes de verbas para o setor. Foi assumido pela CUT como preparação à greve geral de 14 de junho, num processo semelhante ao ocorrido em 2017, quando conseguimos barrar a reforma da Previdência.  

É fundamental que o movimento sindical continue mobilizado, desenvolvendo ações contra a reforma da previdência. Devem intensificar a coleta de assinaturas para o abaixo assinado contra a reforma, fazendo panfletagem e usando os instrumentos disponíveis, como o “aposentômetro” do Dieese, para esclarecer a população contra seus efeitos nefastos.

Devem, igualmente, intensificar a pressão sobre os deputados em suas bases eleitorais – pressão sobre vereadores, prefeitos e cabos eleitorais – denunciando os apoiadores da reforma como inimigos da classe trabalhadora. Na mesma linha, orientamos os sindicatos com base nas capitais a continuarem organizando “trancaços” nos aeroportos para recepcionar deputados, assim como a utilizarem as redes sociais e rádios comunitárias para divulgar os passos da luta e ampliar a comunicação com a sociedade.

Devem ainda organizar plenárias com representantes das centrais sindicais, movimentos populares, estudantis e religiosos com o objetivo de traçar linhas articuladas de trabalho visando a mobilização e organização da greve geral. Os sindicatos devem também promover assembleias e plenárias nas sedes e nos locais de trabalho com o mesmo objetivo. Essa é uma tarefa fundamental para o sucesso da greve.

Finalmente, orientamos os sindicatos a somarem forças com os estudantes e professores na luta pela revogação de cortes e em defesa da educação pública, universal e de qualidade, em todos os níveis. Devem mobilizar suas bases para engrossarem as manifestações do dia 30 de maio, somando à defesa da educação as bandeiras que hoje colocam a classe trabalhadora e setores cada vez mais amplos da sociedade em movimento contra as políticas do governo Bolsonaro.

Direção Executiva da CUT


Fonte: Fetec-CUT/CN, com CUT Nacional


Notícias Relacionadas