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28 de Outubro de 2019 às 18:39

Seminário nacional nesta terça-feira 29 ressalta importância dos bancos públicos para o país

Evento será no Sindicato dos Bancários de Brasília e faz parte da campanha em defesa dos bancos públicos, da soberania, do crédito, do emprego e do desenvolvimento


Bancários e bancárias de todo o país vão a Brasília nesta terça-feira (29) para debater a importância dos bancos públicos para a sociedade brasileira. O seminário “O Brasil é nosso” será promovido pelas frentes parlamentares mistas em Defesa da Soberania Nacional e em Defesa dos Bancos Públicos como parte da campanha em defesa dos bancos públicos, da soberania nacional, do crédito, do emprego e do desenvolvimento e conta com o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e da Federação Nacional das Associações dos Empregados da Caixa (Fenae). O seminário será realizado no teatro do Sindicato dos Bancários de Brasília (EQS 314/315, Bloco A – Asa Sul, Brasília/DF).

Na quarta-feira dia 30, os bancários se juntarão ao Ato em Defesa da Soberania, Direitos e Empregos, que será realizado em frente ao Ministério da Fazenda, em Brasília. O ato foi convocado pela CUT, outras centrais sindicais e pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Leia mais aqui

“Os bancos públicos são instrumentos estratégicos. Quando bem usados pelo governo, dispõem crédito para o desenvolvimento e, consequentemente, geram emprego e renda para os trabalhadores”, explicou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

“Mais do que isso, os bancos públicos são fundamentais para o desenvolvimento igualitário do país, como determina a Constituição Federal e a legislação específica do sistema financeiro. São os bancos públicos que concedem crédito para as regiões mais carentes. Os privados concentram sua atuação na região Sudeste”, completou a presidenta da Contraf-CUT, lembrando que somente os bancos públicos investem onde os privados não têm interesse. “Os bancos privados têm como objetivo o lucro. Os públicos visam o retorno para a sociedade”, concluiu.

Crédito para quem precisa

Um levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em dados do Banco Central de março de 2019, mostra que 90,9% do crédito na região Norte é concedido por bancos públicos. No Centro-Oeste, 88,1%; no Nordeste 84,8%; e no Sul 80,5%. Somente na região Sudeste os bancos privados detêm a maior parte do crédito (69,3%).

Até a gestão passada, o predomínio dos bancos públicos na carteira de crédito era ainda maior. Em fevereiro de 2018, os bancos públicos eram responsáveis por 94,5% do crédito na região Norte; 91,8% no Centro-Oeste; 87,3% no Nordeste; e 84% no Sul.

Considerando as carteiras específicas de crédito rural e habitacional, os bancos públicos respondem por 72,9% e 80,5%, respectivamente, dos financiamentos para estas áreas em todo o país, chegando a responder pela totalidade do crédito destas carteiras em algumas regiões.

Soberania

O vice-presidente da Federação Nacional das Associações dos Empregados da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto, que é também secretário de Finanças da Contraf-CUT, ressaltou ainda a importância dos bancos públicos para a soberania nacional. “Em 2009, quando os bancos privados restringiram ainda mais o crédito, o governo usou os bancos públicos para estimular a economia e evitar estragos ainda maiores ao país”, lembrou. “O país precisa manter essa ferramenta estratégica fundamental para conseguir controlar o fomento ao desenvolvimento do país”, concluiu.

Na manhã do dia seguinte ao do seminário, também em Brasília, a categoria bancária se junta a trabalhadores de outras categorias para participar do ato em defesa da soberania nacional. A atividade ocorrerá em frente à sede do Ministério da Economia, na Esplanada dos Ministérios, Bloco P.

Ato na Esplanada na quarta 30

Organizados em debates anteriores, representantes de diversas entidades nacionais representativas dos trabalhadores nas empresas públicas e estatais apontaram a necessidade de unificação das ações e orientaram a realização de ato político massivo dos trabalhadores em frente à sede do Ministério da Economia, na Esplanada dos Ministérios, às 10h do dia 30 de outubro, para protestar contra os ataques e propostas de desmonte e privatização.

As entidades organizarão caravanas de trabalhadores para protestar contra os ataques e propostas de desmonte e privatização vindas do governo federal. A luta será intensificada por mais políticas públicas que gerem emprego, distribuam renda e que recoloque o Estado de volta ao seu papel de estimulador da economia, fomentador de emprego e renda, de atenção aos mais necessitados e de defesa da soberania nacional e de seus recursos naturais.

Fonte: Fetec-CUT/CN, com Contraf-CUT e Seeb Brasília


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