Os Sindicatos de todo o Brasil convocaram paralisação no Banco do Brasil, nesta quarta-feira, dia 12 de fevereiro - Dia Nacional de Luta do Banco do Brasil. Os funcionários do BB irão protestar contra uma série de medidas que vão impactar de forma negativa todos os funcionários do BB.
Em Cuiabá, o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (Seeb/MT) realizou reunião com os funcionários e retardou por 1 hora a abertura da Agencia Alencastro, no Centro de Cuiabá. Além disso, realizou Ato Público para dialogar com a população, demonstrando a insatisfação com as mudanças no plano de carreira e salários dos funcionários, de forma unilateral, sem debater com a categoria.
Durante o dia Nacional de Protesto foi distribuída uma edição especial do jornal O Espelho, produzida pela Contraf-CUT, na qual estão detalhadas as perdas na remuneração, PLR e mudanças na Gestão de Desempenho Profissional (GDP).
Para Clodoaldo Barbosa, presidente do Seeb/MT, as mudanças que o Banco quer fazer antecipa a reforma administrativa que o governo pretende implantar no serviço público. “Além de retirar direitos, a reestruturação impõe redução de remuneração, recupera a velha política de bônus, congela carreiras e institucionaliza o desvio de função”, aponta o presidente dos bancários de MT, afirmando que os funcionários do BB viraram cobaias da reforma administrativa do governo.
Segundo o secretário geral do Seeb/MTe funcionário do BB, Alex Rodrigues, o protesto não é só contra a atitude da direção do Banco do Brasil é também contra as medidas desse Governo Federal que vem retirando direito de toda a população, em especial o trabalhador. “Eles querem reduzir em até 25% os salários dos servidores públicos. A reestruturação do BB cria três categorias de trabalhadores para a mesma função e com salários diferentes. É a aplicação da reforma trabalhista que irá atingir toda a classe trabalhadora, todas as categorias, não só os Bancários”, avalia Alex, frisando que é preciso a união de toda a população para barrar a maldade desse governo, que em menos de um ano, já retirou mais de Cinquenta anos de conquistas da classe trabalhadora, pois é um Governo que ele só trabalha para o mercado financeiro.
“As mudanças impostas pelo BB trazem insegurança jurídica ao contrato de trabalho, desrespeita o ACT, bem como impactam diretamente no ganho remuneratório, buscando substituir remuneração fixa, pela remuneração variável baseada na competição, além de aumentar a pressão no cumprimento de metas, tenta-se também exercer maior controle sobre os bancários”, completa o secretário de assuntos jurídicos, Marcílio de Lima.
“O objetivo da empresa é reduzir a massa salarial e, consequentemente, diminuir as contribuições relacionadas aos direitos dos bancários. Os valores repassados a Cassi, Previ, INSS e FGTS irão diminuir ao longo do tempo, prejudicando a saúde, proteção por tempo de serviço e previdência dos trabalhadores”, alerta Marcilio, explicando que, ao reduzir o valor de referência (VR), o BB reduzirá também o valor de PLR pago aos bancários. “Como a PLR é paga com base no VR de gratificação, ela poderá ser reduzida.”
Para o secretário de assuntos intersindicais e Sociais e dirigente da CUT/MT, João Luiz Dourado, estamos diante de uma brutal retirada de direitos. “A reestruturação que esse governo quer fazer no Banco do Brasil tem a finalidade de prejudicar o atendimento para a população e de privatizar o Banco do Brasil. O Banco do Brasil é o patrimônio do povo brasileiro, é uma empresa centenária que foi construída com a força do povo brasileiro e nós não vamos permitir a destruição do Banco do Brasil”, reforçou Dourado.