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22 de Janeiro de 2020 às 18:13

Entreguista, governo de Bolsonaro já começou a privatizar patrimônios públicos


Apesar do discurso de que pretende vender ativos e ações das estatais e suas subsidiárias ao longo de 2020, excluindo da lista empresas como Caixa, Banco do Brasil e Petrobras, o governo de Jair Bolsonaro já deu início à liquidação desses patrimônios do povo brasileiro. Mesmo com a reprovação do tema pela maioria da sociedade, a entrega da Caixa à iniciativa privada, por exemplo, já é realidade.

O plano anunciado pelo governo é privatizar 300 empresas e promover a venda de ações e ativos. De acordo com o anúncio do secretário especial de Desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar, a meta é levantar R$ 150 bilhões com a entrega das estatais.

Diretora do Sindicato e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara alerta para a urgência da ação de todos os agentes políticos contra a sanha privatista do governo. “Mais do que nunca, vamos buscar o apoio e cobrar uma atitude dos parlamentares para barrar mais este ataque do governo federal. Uma MP será enviada para o Congresso para autorizar as privatizações de operações na Caixa. A luta precisa ser reforçada em todas as trincheiras”, frisa a empregada da Caixa.

Eleita como representante dos empregados da Caixa no Conselho de Administração, Rita Serrano comentou sobre a situação de desmonte em entrevista publicada na última terça-feira (21). Perguntada sobre a postura do governo em negar que já está privatizando a Caixa, Rita lembra da importância do tema para a opinião pública.

“As pesquisas indicam que a sociedade brasileira não quer a privatização, especialmente quando se trata da Petrobras, Banco do Brasil e Caixa, um banco público, tão importante e gestor de inúmeros programas sociais. A Caixa está presente na vida dos brasileiros há 159 anos, e a população sabe que a privatização significa menor investimento público e piores condições de vida. Além disso, há controvérsias jurídicas que envolvem a questão. O próprio secretário de Desestatização, Salim Mattar, já afirmou, em entrevista recente, que seria necessária uma Medida Provisória (MP) para criar uma empresa com os ativos da Caixa e assim poder vender”, alerta Rita.


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