Em nota divulgada nesta terça-feira (25), as entidades se posicionaram contra o relatório substitutivo do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) e anunciaram uma nova jornada de lutas: o Dia Nacional de Mobilização, em 12 de julho, “com atos, assembleias e manifestações em todas as cidades e em todos os locais de trabalho”.
A prioridade do movimento sindical, nesta semana, é intensificar a pressão sobre os deputados federais. “Renovamos e destacamos a importância de reforçar a atuação junto ao parlamento e parlamentares, visando argumentar e tratar das questões e do conteúdo dessa nefasta reforma”, afirmam as centrais, na nota. “A unidade de ação foi essencial para o sucesso das iniciativas até aqui coordenadas pelas Centrais Sindicais. Reafirmamos nosso compromisso de investir na continuidade da unidade de ação”, agrega o texto.
“O relatório da Reforma da Previdência ainda sustenta muitos retrocessos que merecem ser observados”, afirma Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil). “A batalha no interior do Congresso ganha força, e o papel da oposição no diálogo, na interlocução e na articulação política se constitui num trunfo importante na luta de resistência contra o desmonte da Seguridade Social.”
Para Adilson, porém, é preciso “compreender que, no campo político, o jogo se dá dentro do campo. Esse cenário controverso exige cada vez mais amplitude, plasticidade e sagacidade”. Entre as ações a serem realizadas, o líder da CTB fala em "ocupar aeroportos, dialogar com a base dos parlamentares e fortalecer os atos de rua". Tudo isso, diz ele, "vai contribuir muito para uma mudança de curso da conjuntura nacional".
Na próxima sexta-feira (28), as centrais farão uma reunião de balanço, além de alinhar os preparativos para 12 de julho. O Dia Nacional de Mobilização deve ocorrer na mesma data em que a UNE (União Nacional dos Estudantes) fará um grande ato em Brasília, em protesto contra os cortes de verbas na Educação. A manifestação faz parte da programação do 57º Congresso da UNE, previsto para 10 a 14 de julho, na capital federal.
“A convocações das manifestações de 12 de julho nos estados e em Brasília pode ser decisiva para barrar a reforma da Previdência. Essas são as evidências do caminho certo que ganhou a luta e unificou estudantes com trabalhadores”, conclui Adilson.
Confira abaixo a nota das centrais: