Folha de São Paulo
O Bradesco, segundo maior banco privado do país, anunciou nesta segunda-feira (14) uma reestruturação societária que cortou de seis para quatro o número de vice-presidências do banco.
A instituição manterá as unidades de varejo, alta renda e atacado e criou uma área de infraestrutura/TI/RH, que prestará serviços às outras vice-presidências.
Os executivos Eurico Ramos Fabri, Cassiano Ricardo Scarpelli e Marcelo de Araújo Noronha permanecem no comando das três primeiras áreas, enquanto André Cano ficará na nova vice-presidência, que englobará ainda as áreas de compliance, jurídico e relações com o mercado.
Os executivos Josué Augusto Pancini e Mauricio Machado de Minas perderam os postos de vice-presidentes e passam a ser exclusivamente membros do conselho de administração. Ambos chegaram a ser cotados para suceder Luiz Trabuco na presidência do banco.
O cargo ficou com Octavio de Lazari, que assumiu o Bradesco em março do ano passado e promove a primeira reestruturação de sua gestão.
Com as mudanças, Lazari planeja elevar as receitas do banco, que vem apresentando resultados piores que os de seus pares privados.
A rentabilidade do Bradesco, medida pelo ROE (retorno sobre ativos), foi de 19% no trimestre encerrado em setembro, abaixo do desempenho de Itaú (21,3%) e Santander (19,5%). Parte da dificuldade de entregar resultados mais consistentes pode ser a incorporação do HSBC, iniciada em 2016.