(Última atualização: 8h23)
Os bancários esperam que os bancos assinem nesta quinta-feira 12, durante a segunda rodada de negociação da Campanha Nacional de 2018, um pré-acordo estendendo a validade da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) até a assinatura de um novo acordo. O Comando Nacional dos Bancários esperava que a Fenaban assinasse o documento já na primeira rodada, dia 28 de junho, mas os representantes dos banqueiros frustraram a expectativa e disseram que precisavam consultar os patrões antes de dar um retorno.
O Comando Nacional dos Bancários também quer uma resposta para o calendário de negociações sugerido aos negociadores da Fenaban na primeira reunião realizada em 28 de junho.
Veja aqui como foi a primeira rodada de negociação da Campanha 2018.
A negociação acontecerá em São Paulo, a partir das 10h, no Hotel Maksoud Plaza. O Comando Nacional, do qual a Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) faz parte, reuniu-se nesta quarta-feira 11 na sede da Contraf-CUT, para discutir a nova rodada de negociação. Confira aqui como foi a reunião.
A pauta de reivindicações da categoria, aprovada pela 20ª Conferência Nacional dos Bancários, foi entregue à Fenaban no dia 13 de junho.
Os bancários fizeram manifestações em todo o país nesta quarta-feira 11 para exigir que os bancos assinem o pré-acordo, de forma a preservar os direitos contidos na CCT, conquistada pela categoria em 1992.
“A assinatura do pré-acordo é imprescindível porque todos os direitos dos bancários conquistados em décadas de luta estão garantidos na Convenção Coletiva, que expira no dia 31 de agosto. Sem isso, corremos o risco de perder direitos, uma vez que a reforma trabalhista do governo Temer extinguiu a ultratividade prevista em lei”, alerta Cleiton dos Santos, presidente da Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN).
Saiba aqui por que é importante a assinatura do pré-acordo.
Outras reivindicações
Reunidos em conferência nacional, bancários e bancárias de todo o Brasil definiram como prioridade para a Campanha 2018, além do pré-acordo, aumento real para salários e demais verbas, PLR maior, garantia dos empregos. A categoria está mobilizada, ainda, em defesa dos bancos públicos e da democracia, com foco na eleição de candidatos, em outubro, comprometidos com os direitos da classe trabalhadora.
A pauta foi entregue aos bancos em 13 de junho e reivindica, ainda, cláusulas defendam os bancários de outras ameaças da lei trabalhista como a retirada da CCT dos bancários hipersuficientes (quem ganha a partir de duas vezes o teto de benefícios do INSS, hoje em R$ 11.291, e tenha ensino superior), os contratos temporários, intermitentes, a terceirização.
Fonte: Fetec-CUT/CN, com Contraf-CUT