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26 de Novembro de 2019 às 20:45

Bancários se livram do trabalho aos sábados e mantêm PLR em negociação com a Fenaban

Em reunião nesta terça 26, Comando Nacional conquista avanços na manutenção de direitos da categoria ameaçados pela MP 905. Negociação continua


O Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos negociaram por quase 10 horas nesta terça-feira (26) sobre a proposta que neutraliza os efeitos da Medida Provisória (MP) 905/2019. O Comando garantiu a manutenção da jornada de segunda a sexta-feira, que não haverá aumento de jornada e que a PLR continuará sendo negociada com os sindicatos.

Como é hoje, o trabalho aos sábados somente será permitido se houver negociação com o movimento sindical.

“Apresentamos uma proposta de aditivo à nossa CCT que garante os direitos, a jornada e impede a redução salarial da categoria. Os bancos propuseram mudanças que mantêm o que diz a MP e contrariam o que está em nossa convenção. Deixamos claro que não poderíamos fazer um acordo deste, pois seria reabrir as negociações de termos já negociados e definidos em acordo coletivo”, explicou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional.

“Apesar de não fecharmos acordo, avançamos nas negociações em busca da ratificação dos direitos conquistados pela categoria na Convenção Coletiva. Resultado da mobilização da categoria na semana passada, os bancos concordaram em manter a jornada de trabalho de segunda a sexta-feira e o atual modelo de PLR. Há pontos que precisam ainda ser discutidos. Os bancários precisam continuar mobilizados para garantir todos os direitos da Convenção”, afirma Cleiton dos Santos, presidente da Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN).

“Aceitar as mudanças seria desconsiderar o valor de nossa mesa de negociações. Negociamos uma Convenção Coletiva e os bancos vão no governo e pedem uma medida provisória? Deve haver respeito à mesa de negociação por ambos os lados”, disse Juvandia. “O que queremos é manter o que firmamos em nosso acordo de dois anos”, completou Juvandia.

A negociação se prolongou durante todo o dia e houve várias pausas para que as partes discutissem entre si as propostas e contrapropostas que eram apresentadas.

“A Fenaban insistia em alterações que reduziam direitos e alteravam o que tínhamos definido em nossa CCT. Aceitar estas alterações seria o mesmo que aceitar a implantação da MP. Isso não seria possível”, ressaltou a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, também coordenadora do Comando Nacional.

Suspensão dos efeitos da MP

Ao final do dia, as negociações sobre o texto do aditivo avançaram bastante, garantindo a jornada, a negociação da PLR apenas pelos sindicatos, mas dado o avanço da hora as negociações continuarão nos próximos dias, restando alguns detalhes sobre a vigência. Até que o aditivo seja assinado, os efeitos da MP continuam suspensos.

Os representantes da Fetec-CUT/CN no Comando Nacional que estiveram em São Paulo participando das negociações com a Fenaban nestas terça 26foram, além de Cleiton dos Santos, o presidente do Seeb Brasília, Kleytton Moraes; a presidenta do Seeb de Campo Grande, Neide Maria Rodrigues; o presidente do Seeb do Pará, Gilmar Santos; o presidente do Seeb de Mato Grosso, Clodoaldo Barbosa; a secretária de Saúde  do Seeb de Rondônia, Ivone Colombo; e o presidente do Sintraf do Amapá, Samuel Bastos Macedo. Pelo sistema de rodízio do Comando Nacional, quem sentou na mesa de negociação desta terça 26 foi Neide Rodrigues.


Fonte: Fetec-CUT/CN, com Contraf-CUT


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