Os bancários do Centro-Norte e de todo o país participaram nesta quinta-feira 30 de mais um Dia Nacional de Mobilização contra os cortes de verbas na educação e contra a reforma da Previdência, que reuniu cerca de 1,8 milhão de pessoas em todas as capitais, no DF e nas grandes e médias cidades brasileiras. Foi o segundo tsunami da educação em 15 dias (o primeiro foi no dia 15 de maio), em preparação à greve geral de 14 de junho, convocada pela CUT, demais centrais sindicais e movimentos sociais.
Os atos desta quinta-feira superaram as expectativas dos organizadores, segundo a União Nacional dos Estudantes (UNE). Em São Paulo, foi estimada a participação de 300 mil pessoas. Muitas chegaram no começo da manifestação por volta de 17h no Largo da Batata, bairro de Pinheiros, zona oeste da capital. Outras foram se incorporando ao longo dos mais de 4 quilômetros percorridos até a dispersão, por volta de 21h, na Avenida Paulista.
Belo Horizonte reuniu 200 mil manifestantes. Rio de Janeiro e Recife, pelo menos 100 mil pessoas cada uma. A mobilização no Distrito Federal atraiu cerca de 20 mil pessoas. Em Salvador foram 70 mil pessoas, 40 mil em Belém, outras 30 mil em São Luís. Segundo os organizadores, mais de 1 milhão de pessoas foram às ruas de 190 cidades do Brasil – dos 26 estados e do Distrito Federal –, além de outras 10 do exterior
“Brincaram com o formigueiro, deu nisso!”, afirmou nas redes sociais o cientista Miguel Nicolelis. Já na avenida Paulista, a presidenta da UNE, Marianna Dias, registrou: “O dia 30 de maio entra pra história do nosso país. Quando estudantes, professores, trabalhadores, pais, o povo brasileiro voltou às ruas num grande tsunami. Para quem não acreditava, nós estamos aqui. Nós somos milhões. Nós somos rebeldes. Nós somos questionadores”.
Marianna admitiu a superação das expectativas em relação ao alcance das manifestações, e assimilou a energia e vibração que vinha do asfalto, tomado por jovens, “organizados” ou “autônomos”. O trocadilho impresso na faixa gigantesca que acompanhou a passeata, “O Brasil se UNE pela educação”, traduzia uma realidade. “Se eles querem proibir, inibir a nossa voz e a nossa manifestação, eles vão falhar. Porque o povo que saiu de casa, não volta mais pra casa, se a educação do nosso país não for respeitada. Nós queremos escola, nós queremos educação e nós vamos construir a maior greve geral (marcada para 14 de junho), ao lado dos trabalhadores, da história deste país. E eu desafio o governo Bolsonaro a dizer ao povo brasileiro porque que eles não gostam da educação”, bradou a presidenta da UNE.
Veja o balanço das manifestações na parte da manhã
ACRE
Em Rio Branco (AC), estudantes de diferentes áreas, professores, sindicatos e movimentos sociais e sindical participaram de ato na Praça da Revolução. Nas ruas, os cartazes também chamam para a greve geral de 14 de junho.
MANOEL FAÇANHA/FETEC-AC
ALAGOAS
Estudante, professores e apoiadores da educação estão unidos pela educação e contra os cortes do governo Bolsonaro na Universidade Federal de Alagoas, Campus do Sertão. Em Penedo (AL) também houve protesto contra os cortes da educação.
DIVULGAÇÃO/UNE
BAHIA
Em Salvador, na Praça Campo Grande, manifestantes realizaram um ato em defesa da educação.
LEVANTE POPULAR DA JUVENTUDE
Em Camaçari (BA), professores e estudantes se concentraram na Praça Montenegro, no centro da cidade. Na BR-101.
Em Teixeira de Freitas, sul da Bahia, manifestantes também bloquearam a rodovia.
Em Serrinha (BA) teve aula na Praça Morena Bela em defesa da educação pública e de qualidade.
GUTOSANTOS/NICLEY SANTOS-MÍDIA NINJA
Em Feira de Santana (BA) teve caminhada na Avenida Getúlio Vargas reunindo centenas de pessoas.
MÍDIA NINJA
Na cidade de Planalto (BA), os estudantes foram às ruas com cartazes com frases como "Reescrever o mundo com um lápis e não com armas" e "Sou da balbúrdia, defendo a educação".
REPRODUÇÃO
Em Guanambi (BA), todas as escolas do município e o Instituto Federal estão paralisados com estudantes e professores nas ruas.
FOTO: UNE/REPRODUÇÃO
Manifestações também foram realizadas em Vitória da Conquista (BA).
REPRODUÇÃO/UNE
Debaixo de chuva, em Santo Antônio de Jesus (BA), estudantes ocuparam as ruas em defesa do direito à educação pública.
A 400 km da capital baiana, na cidade de Maracás (BA), estudantes e trabalhadores também protestaram. No município, professores de escolas públicas não deram aula e os alunos foram às ruas para se manifestar.
DIVULGAÇÃO/CUT BAHIA
Mesmo debaixo de chuva, os estudantes e professores foram às ruas em Santo Antonio de Jesus.
Uma aula sobre Previdência Social também foi realizada no Coreto da Praça Central de Cruz das Almas, no norte do estado da Bahia.
CEARÁ
Na cidade de Limoeiro do Norte (CE), alunos e professores fizeram caminhada e pararam a reunião legislativa da Câmara Municipal durante o protesto. Também houve manifestação em Iguatu (CE).
LEANDRO MEDEIROS/MIDIA NINJA
Em Iguatu, estudantes, movimentos sociais e a CUT mostraram determinação na luta contra os cortes de recursos na educação.
TARCISIO AQUINO/CUT CEARÁ
DISTRITO FEDERAL
Mobilização começou pela manhã na Praça do Museu Nacional da República, em Brasília. Depois os manifestantes fizeram uma passeata pelas ruas.
DIVULGAÇÃO/PT
GOIÁS
Em Ceres (GO), os manifestantes estão mobilizados pela educação. Na faixa de protesto, eles carregam os seguintes dizeres: "Defendemos as universidades e institutos federais contra o corte de verbas".
REPRODUÇÃO
Em Catalão (GO), o protesto foi realziado em frente à Prefeitura Municipal.
Protestos também foram realizados em Catalão, Posse e Cavalcante (GO). Confira aqui a cobertura no portal da CUT-Goiás
MARANHÃO
Em São Luís (MA), estudantes e professores promoveram aula nas ruas. Na parte da tarde, eles realizarão um ato na capital.
BRASIL DE FATO
MATO GROSSO
Em Rondonópolis (MT) estudantes, professores e trabalhadores se reuniram desde cedo para protestar em defesa da educação;
MIDIA NINJA
Também em Mato Grosso, na cidade de Tangará da Serra, estudantes e professores se uniram para defender a educação.
BEM NOTÍCIAS
MATO GROSSO DO SUL
Indígenas dos povos Terena e Guarani Kaiowá fecharam a BR 262 no município de Aquidauana-MS em defesa da educação.
UNE
MINAS GERAIS
Em Visconde do Rio Branco (MG) teve passeata dos estudantes e trabalhadores pela rua da cidade em defesa da educação. Estudantes de Viçosa (MG) também se somaram aos protestos deste dia em defesa da educação pública.
DIVULGAÇÃO/BDF
PARÁ
As aulas em Belém estão suspensas na Universidade Federal do Pará, na Universidade Federal Rural da Amazônia e no Instituto Federal do Pará.
Estudantes, trabalhadores também ocuparam as ruas de Marabá (PA) em defesa da educação e pelo direito de se aposentar.
REPRODUÇÃO
PARAÍBA
Em João Pessoa e Sousa ocorreram atos organizados por estudantes e professores. Houve uma panfletagem e passeata na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), no campus de João Pessoa, e diálogo com a população no Calçadão localizado no centro da cidade de Souza.
Na cidade de Patos, na Paraíba, estudantes e a população deram um recado contra os cortes de verbas nas universidades e Institutos Federais de Educação, a reforma da Previdência e rumo à greve geral.
ZÉ GONÇALVES/BRASIL DE FATO
PARANÁ
Em Curitiba, estudantes e professores se reúnem no Campus da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. No prédio da universidade, eles estenderam uma faixa “Em defesa da universidade pública”. Alunos, professores e funcionários da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), em Cascavel, participam das mobilizações em defesa da educação. Eles se reuniram deste às 7h na universidade para protestar e convocam também para a greve em 14 de junho. Ato em defesa da educação também ocorreu na cidade de Maringá.
FOTO: UNE
PERNAMBUCO
Trabalhadores realizaram no início da manhã um ato público em prol da Educação, em frente a Refinaria Abreu e Lima, no Porto de Suape. A categoria deliberou em Assembleia Geral, a aprovação da Greve Geral do próximo dia 14 de junho.
REPRODUÇÃO
EM Caruaru, teve aula pública e a realização de um grande ato (foto).
DIVULGAÇÃO
Em Flores (PE), estudantes levaram cartazes às ruas para defender a educação
UNE
Também em Pernambuco houve manifestações em Araripina e São José do Egito. Já em Garanhuns, alunos, professores e defensores da educação participaram de uma aula pública.
PIAUÍ
Em Teresina, os manifestantes se reuniram na Praça da Liberdade, no centro de capital piauiense e, depois, fizeram caminhada pela Avenida Frei Serafim em defesa da educação rumo à greve geral do dia 14 de junho. Também houve protesto em Picos (PI).
REPRODUÇÃO
RIO DE JANEIRO
Em Campos, no Rio de Janeiro, os protestos começaram com o bloqueio da entrada principal da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf). Em Petrópolis, os estudantes fizeram o esquenta com confecção de cartazes para os protestos durante a tarde (foto). Outros atos estão previstos na capital, às 16h, na Candelária; em Volta Redonda, às 17h, na Praça Juarez Antunes; e em Petrópolis, às 17h, na Praça Dom Pedro.
THIAGO FLORES/MÍDIA NINJA
RIO GRANDE DO NORTE
Estudantes e professores foram às ruas na cidade de Pau dos Ferros (RN) com cartazes dizendo “Não ao desmonte da educação”.
DIVULGAÇÃO
RONDÔNIA
Em Porto Velho, estudantes trancam os portões da Universidade Federal de Rondônia (UNIR).
NARA REIS/BRASIL DE FAT
SANTA CATARINA
Em Florianópolis, capital do estado, estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina fazem Assembleia Unificada.
PRICILA BAADE/CUT-SC
SÃO PAULO
Em Presidente Prudente, trabalhadores e estudantes se reuniram na Praça 9 de Julho, no centro de Presidente Prudente (SP). Este foi o segundo grande Ato Nacional da Educação e Contra a Reforma da Previdência realizado neste ano. Em Jundiaí, interior de São Paulo, manifestantes também realizaram ato.
Em São Carlos (SP), estudantes e trabalhadores protestaram no centro da cidade, para o segundo Ato Nacional da Educação e Contra a Reforma da Previdência.
FÁBIO MAUDÍCIO/CC
Em Taubaté, a luta começou cedo e com unidade. Os sindicatos da região do Vale do Paraíba se reuniram para assembleia na portaria da fábrica LG, em defesa da educação e contra a reforma da Previdência.
DIVULGAÇÃO
Também no interior do estado, em Jundiaí, houve manifestação neste 30 de Maio
BERNARDO VIANNA
Em Itaquaquecetuba (foto abaixo), a aula pública foi na praça central.
Em Santos, no litoral paulista, os trabalhadores petroleiros realizaram ato em defesa da educação e contra a privatização e a Reforma da Previdência. Em Itaquaquecetuba, os manifestantes realizaram aula pública contra os cortes na educação e contra a reforma da Previdência.
SERGIPE
Em Simão Dias (SE), os estudantes secundaristas protestaram nas ruas da cidade.
TOCANTIS
Em Palmas (TO), estudantes e professores realizam uma aula sobre a Reforma da Previdência Social para estudantes no Instituto Federal do Tocantins (IFTO).
REPRODUÇÃO
Fonte: Fetec-CUT/CN, com CUT Nacional e Rede Brasil Atual