Congresso em Foco
Um capitão-tenente da reserva da Marinha apontado pelo presidente Jair Bolsonaro como seu “amigo particular” em uma de suas campanhas eleitorais foi indicado pela direção da Petrobras para a gerência executiva de Inteligência e Segurança Corporativa da estatal. Carlos Victor Guerra Nagem é empregado da empresa há 11 anos, está lotado em Curitiba, mas nunca ocupou cargo em comissão na estatal.
A gerência faz parte do segundo escalão da Petrobras, abaixo apenas da diretoria. O salário gira em torno de R$ 50 mil. Bolsonaro defendeu a indicação do “amigo particular” nas redes sociais, reproduzindo a nota divulgada pela estatal sobre a nomeação de Capitão Victor e o seu currículo. "A era do indicado sem capacitação técnica acabou, mesmo que muitos não gostem. Estamos no caminho certo!", escreveu o presidente.
Veja o vídeo:
A Petrobras nega interferência de Bolsonaro na indicação e alega que Capitão Victor foi escolhido por seu currículo. De acordo com a Petrobras, o capitão-tenente tem mestrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em Administração, curso no qual se graduou na Escola Naval, e atua na área de segurança corporativa da empresa há seis anos. Além disso, tem dez anos de experiência como professor no ensino superior. Capitão Victor vai substituir Regina de Luca.