Quatrocentos trabalhadores e sindicalistas receberão diploma durante evento em São Bernardo do Campo, que deve contar com a presença do ex-presidente Lula
por Redação RBA
São Paulo – A dois meses de se completarem 50 anos do golpe que derrubou o governo João Goulart, centenas de trabalhadores e sindicalistas serão homenageados em um ato em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, neste sábado (1º). O evento será organizado pelo grupo de trabalho Ditadura e Repressão aos Trabalhadores e ao Movimento Sindical da Comissão Nacional da Verdade (CNV), formado por dez centrais. Os homenageados foram indicados por diferentes entidades.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é esperado para o ato. A coordenadora do grupo de trabalho na CNV, Rosa Cardoso, também participará, assim como João Vicente Goulart, filho do ex-presidente.
O ato "Unidos, Jamais Vencidos" ocorrerá a partir das 13h, no Teatro Cacilda Becker, no Paço Municipal de São Bernardo. O espaço ainda receberá exposições sobre o período, para marcar os 50 anos do golpe civil-militar.
Em reportagem feita pela TVT, ex-metalúrgicos relembram como foi o período da história brasileira em que o movimento sindical, após um período de cassações e perseguições, se reorganizou e conquistou liberdade de atuação.
"Os metalúrgicos contribuíram muito para que, durante a ditadura, o Brasil pudesse passar pela democratização", afirma o ex-diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC Djalma Bom. "De 1978 a 1980, período em que aconteceram as maiores greves do movimento sindical, diferentes fatos marcaram a história e a vida de muitos trabalhadores. "Quando a gente começou a greve de 78 aquela coisa que estava dentro da gente, o que estava fechado, preso, a gente colocou para fora. E isso foi só o começo, porque em 79 a gente colocou mais para fora ainda e em 80 mais ainda", relembra o também ex-metalúrgico Alberto Eulálio.