Entidades se organizam para realizarem o plebiscito no estado
Escrito por: CUT-MT - Silvia Marques
Aproximadamente 100 representantes do campo e da cidade ligados aos movimentos sindical, partidário, estudantil, religioso e dos direitos humanos participaram do 1º Curso Estadual de Formação de Formadores do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político em Mato Grosso realizado nos dias 25 e 26 de janeiro, no Centro de Formação e Pesquisa Olga Benário Prestes, em Várzea Grande,
O primeiro dia do curso de formação contou com a presença do dirigente direção executiva da Central Única dos Trabalhadores, Júlio Turra, que fez um resgate histórico sobre o sistema político, mostrando a necessidade de ruptura com o atual sistema político.
De acordo com Júlio Turra somente uma constituinte exclusiva e soberana do sistema político poderá enfrentar os problemas do povo brasileiro, realizando reformas que, durante a nossa história de democracia burguesa não foram realizadas como, por exemplo, a reforma agrária e outras necessárias, cobradas em junho pelas massas na rua e em julho pelos movimentos sociais e centrais sindicais.
Para o diretor Executivo da CUT, a constituinte seria soberana e tomaria decisões que não dependeriam do aval do Congresso e exclusiva sobre o sistema político. “Isso é diferente do que foi a Assembleia Nacional Constituinte de 1988, que participavam da Assembleia Constituinte e exerciam os mandatos de deputados, O resultado foi uma Constituição que não representava os anseios da classe trabalhadora. Os avanços alcançados foram resultados de muita mobilização e pressão social”, afirmou o diretor Executivo da CUT, Júlio Turra.
“O plebiscito ocorrerá em de 1 a 7 de setembro e será uma grande oportunidade de incidir sobre as eleições deste ano, portanto teremos a possibilidades de ampliar o debate sobre temas importantes como saúde, educação, transporte pᄎblico, reforma agrária, reforma tributária e outras políticas públicas”, explicou o diretor da CUT. O presidente da Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CUT/MT), João Luiz Dourado, destacou que o objetivo é promover o debate. “O que queremos é promover um amplo debate político com a participação do povo, discutindo um novo projeto de sociedade, queremos construir um novo sistema político”, observou o presidente da CUT/MT.O secretário de comunicação da CUT/MT, Robinson Ciréia, ciou como exemplo as mobilizações organizadas em outros plebiscitos já realizados. "O maior foi o plebiscito sobre a Alca, que contou com 10.149.542 votantes, sendo que do total 98%, ou 9.979.964 pessoas, disseram não a assinatura do acordo com a Alca. Desta vez, o povo precisa dizer SIM para a seguinte pergunta: Você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político? ", explicou Robinson. EncaminhamentosNo domingo (26.01), segundo dia do 1º Curso Estadual de Formação de Formadores do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político, os participantes discutiram e aprovaram os encaminhamentos para a realização do Plebiscito em Mato Grosso. Dividiram o estado em regionais e definiram as entidades que terão a tarefa de organizar os comitês regionais. Também aprovaram a realzição do segundo curso de formação em março e indicaram os representantes que irão participar da Plenária Nacional. Ainda apontaram ações de divulgação, propaganda, forma de arrecadação e a organização da coleta de votos na Semana da Pa 1 a 7 de setembro. As entidades presentes no 1º Curso de formação: RECID, PJ, SEEB, MST, LEVANTE, CUT, CBFJ, MMC, PJR, MNDH, FETAGRI, SENALBA, QUILOMBO URBANO VG, CPT, FORMAD, COMITÊ DE EDUCAÇÃO DO CAMPO, SINDSEP, PT, JR, PT e SINTEP/MT. .