O Bradesco, segundo maior banco privado brasileiro, registrou lucro líquido contábil de R$ 4,224 bilhões no primeiro trimestre de 2015, um aumento de 23,3% na comparação com o mesmo período de 2014, quando o banco lucrou R$ 3,443 bilhões. O resultado é o maior lucro da história do banco para um primeiro trimestre, de acordo com a consultoria Economatica.
Quando se compara o primeiro trimestre com os três meses anteriores, o lucro do banco aumentou 6,3%.
Já o lucro líquido ajustado, que contempla ganhos e perdas extraordinários, cresceu 23,1% nos três primeiros meses do ano, para R$ 4,274 bilhões. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, o crescimento foi de 3,4%.
O aumento do lucro foi guiado, entre outras coisas, pela margem financeira das operações que rendem juros, que passou de R$ 10,872 bilhões no primeiro trimestre de 2014 para R$ 13,273 bilhões no mesmo período deste ano.
A carteira de crédito do banco -que inclui operações com risco de crédito, avais e fianças- continuou com expansão modesta nos três primeiros meses do ano e teve crescimento de 7,2%, para R$ 463,3 bilhões, quando se compara com o mesmo período de 2014. Em relação aos três meses anteriores, a alta foi de apenas 1,8%.
O crescimento em termos anualizados ficou dentro da expectativa do banco, que prevê um avanço na carteira de crédito entre 5% e 9% em 2015.
Entre as principais linhas de crédito do banco, o financiamento imobiliário registrou o maior avanço, ao crescer 29,3% no primeiro trimestre em comparação com o mesmo período de 2014, passando de R$ 14,521 bilhões para R$ 18,778 bilhões. Ante o quarto trimestre, a expansão foi de 4,8%.
Já financiamento de veículos registrou queda de 8% na comparação anual e de 3,6% em relação ao quarto trimestre de 2014.
DESPESAS
As despesas administrativas cresceram 4,4% no primeiro trimestre na comparação anual e alcançaram R$ 3,639 bilhões. Em relação ao quarto trimestre, houve queda de 12,5%, devido, segundo o Bradesco, a menores gastos com propaganda e publicidade.
Já a inadimplência teve leve aumento na comparação trimestral, passando de 3,5% nos três meses encerrados em dezembro para 3,6% no primeiro trimestre deste ano.
Em seu balanço, o banco atribui o aumento à "desaceleração da atividade econômica, que impactou o crescimento da carteira do segmento de Micro, Pequenas e Médias Empresas".
O banco aumentou a provisão para calote no começo deste ano. Na comparação com o primeiro trimestre de 2014, o aumento foi de 25,1%, de R$ 2,861 bilhões para R$ 3,580 bilhões nos três primeiros meses do ano. Já em relação ao quarto trimestre, o crescimento foi de 8,3%.
Análise do Dieese
A subseção do Dieese na Contraf-CUT já está analisando o balanço trimestral do Santander, cujo resultado será divulgado em breve.
Fonte: Uol e G1