O constrangimento tomou conta da agência 5574 do Itaú, que fica na Vila Carrão, zona leste de São Paulo. Funcionários estão passando por revista no fim do expediente. A situação foi flagrada pelo diretor do Sindicato, Sergio Lopes, o Serginho, que imediatamente tomou providências denunciando ao banco a situação.
Segundo ele, reunião realizada no dia 5 de fevereiro entre gestores da área operacional, da área comercial e representantes da segurança do banco, firmou que um projeto piloto de revista nesta agência seria colocado em prática a partir do dia 9 do mesmo mês.
"A situação é grave, expõe os trabalhadores. Eles não podem ser tratados em seu local de trabalho como se fossem bandidos. As mulheres ficam constrangidas com seus objetos pessoais e íntimos na bolsa sendo expostos. A prática é falta de respeito com trabalhadores que foram admitidos e passaram por processos seletivos ao ser empregados no Itaú", ressalta Serginho.
O dirigente sindical destaca que a preocupação é também com os vigilantes, a quem foi determinado realizar as revistas. "Esses trabalhadores também devem estar se sentindo constrangidos. Convivem com esses funcionários e na saída precisam revirar os pertences das pessoas".
Serginho explica que a agência da Vila Carrão funciona em horário estendido, das 11h às 19h, e já foi alvo de arrombamento. "Sabemos que segurança em agência deve ser prioridade, mas isso não se garante humilhando os funcionários. O que exigimos é tranquilidade e segurança para os trabalhadores, que estão expostos por manusear numerário, mas também, agora, por essa prática vexatória da gestão dessa agência do Itaú", conclui.
O Sindicato cobra uma resposta do banco sobre as revistas e reivindica mais segurança para os trabalhadores do local.
Fonte: Seeb São Paulo