Crédito: CUT
Pautas em debate exigem ampliação da bancada dos trabalhadores
A bancada dos trabalhadores - apesar de enfrentar temas pesados na próxima legislatura - tem como perspectiva a manutenção de seu tamanho atual, "a menos que as Centrais Sindicais entrem de cabeça para ampliar [a bancada]". A observação é do diretor de Documentação do Diap, Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho.
O assessor destaca que temas de grande interesse dos empresários virão com força. "A regulamentação da terceirização virá, independente de quem seja o presidente eleito. O escopo dessa regulamentação - se ela será boa ou ruim para os trabalhadores - dependerá de dois aspectos: dos trabalhadores elegerem uma boa bancada e de um governo que não apoie as iniciativas precarizantes".
A regulamentação da terceirização virá, independente de quem seja o presidente eleito. O escopo dessa regulamentação - se ela será boa ou ruim para os trabalhadores - dependerá de dois aspectos: dos trabalhadores elegerem uma boa bancada e de um governo que não apoie as iniciativas precarizantes.
Toninho lembra que o próximo líder do executivo não terá mais atrativos - como isenções fiscais - a apresentar aos empresários como contrapartida para garantir direitos dos trabalhadores. Com isso, a importância do movimento e bancada sindical será ainda maior.
"Nós temos uma bancada sindical ativa e um governo que não quer a terceirização. O governo federal não apoiou e até dificultou qualquer coisa com vistas a terceirizações. Ainda assim, a batalha é dura. Para o próximo período há a previsão de manutenção da bancada atual, a diminuição de moedas de troca da parte do governo e os 101 itens que a CNI (Confederação Nacional da Indústria) levantou para mudar na legislação do trabalho, com reivindicações que vão desde contestações a enunciados de tribunal, convenções internacionais, até emendas à constituição", afirma Toninho.
Em 2012, a CNI entregou ao governo federal um documento intitulado "101 Propostas para Modernização", no qual propõe iniciativas como redução de intervalo intrajornadas, trabalho aos domingos e terceirização de qualquer tipo de atividade.
Segundo o diretor do Diap, apesar do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO) - defensor dos interesses empresariais - estar fora da disputa eleitoral para o Congresso em 2014, outros candidatos possivelmente darão continuidade à defesa de pontos que vão contra os interesses dos trabalhadores. Toninho cita como exemplos Arthur Maia (SDD-BA) e Laércio Oliveira (SDD-SE), que concorrem a uma vaga na Câmara.
Fonte: Henri Chevalier - CUT