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25 de Novembro de 2013 às 11:49

25/11/2013 - O Observatório Social é essencial para a CUT, diz o presidente Vagner Freitas


Instituto realizou oficina na manhã desta sexta

Escrito por: Isaías Dalle

“Só voluntarismo não basta. É preciso estratégia, para saber exatamente onde agir, com foco. O suporte técnico e a formulação teórica são importantes. Por isso, o Instituto Observatório Social é um projeto essencial para a CUT. Os ramos precisam compreender isso. O Observatório é importantíssimo: queremos fortalecê-lo”, disse na manhã de hoje o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, na abertura da oficina “Pesquisa e o Movimento Sindical”, promovida pelo Observatório.

A oficina foi realizada para divulgar resultados práticos que pesquisas e estudos feitos pelo Observatório produziram na ação sindical de entidades cutistas. O encontro reuniu representantes das entidades fundadoras do instituto, criado há 15 anos, e entidades parceiras: CUT, Cedec (Centro de Estudos de Cultura Contemporânea), Unitrabalho, Dieese, Centro de Solidariedade da central estadunidense AFL-CIO e Bildungswerk da alemã DGB.

O presidente do Observatório, Roni Anderson, apresentou os principais projetos mantidos pelo instituto e destacou: “Desenvolvemos uma metodologia de diagnóstico das condições de trabalho nas cadeias de produção e em grandes empresas baseada no trabalho coletivo, envolvendo todos os agentes. Isso é único”.

Dos estudos feitos pelo Observatório, muitos resultaram na criação de redes sindicais internacionais – que representam os trabalhadores de grandes empresas em diferentes países -, na assinatura de acordos marcos globais – empresas se comprometem com convenções válidas em mais de um país - , e na concordância de empresas multinacionais em aderir a pactos pelo trabalho decente, entre outras conquistas. Na área rural, por exemplo, ajudaram a consolidar acordos para a melhoria das condições de saúde e segurança.

O secretário de Relações Internacionais da CUT João Felício reafirmou a importância dos investimentos em formação de novas lideranças e como a formulação teórica e científica é indissociável desse processo. “Por mais que muitas vezes nosso discurso sindical seja altissonante, precisamos ter em conta que precisamos nos qualificar bem para ampliar a base de representação”.

Num cenário de rápidas transformações dos processos produtivos e de ampla mobilidade do capital, o empresariado está sempre em busca da “competitividade para baixo”, como assinalou o presidente do Instituto de Cooperação da CUT e secretário-adjunto de Relações Internacionais, Artur Henrique. “Não é preciso ir muito longe pra entender: o presidente da Fiesp veio recentemente a público exortar as empresas brasileiras a transferir suas atividades para países em que há menos direitos e salários mais baixos. Ou elevamos as condições de trabalho em vários países do mundo ou caminhamos para o aprofundamento da barbárie”, disse.

“Para uma luta como essa, nós precisamos ter pesquisa, subsídios sobre as realidades regionais para apoiar a ação sindical. Esta nada substitui, o sindicato tem de mobilizar, fazer greve, construir organização no local de trabalho. Mas o conhecimento ajuda”, completou.

O Cedec foi representado pelo diretor Cícero Araújo, a Unitrabalho, por Francisco Mazzeu e o vice-presidente do Dieese Alberto Soares da Silva representou a entidade. As entidades parceiras foram representadas por Flávia Silva (DGB) e por Jana Silverman (AFL-CIO).

Para ler o texto sobre a oficina publicado pelo Observatório, clique aqui.


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