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24 de Outubro de 2013 às 14:52

24/10/2013 - Secretário de Rondônia divulga nota sobre paralisação dos vigilantes


SINTESV critica demissão de 2.800 trabalhadores, atrasos de pagamento e questiona segurança

Escrito por: CUT Nacional*

O secretário de educação do Estado de Rondônia, Emerson Castro, divulgou nota nesta segunda-feira, 21, sobre a ameaça de paralisação dos vigilantes de escolas estaduais.

A categoria avalia parar as atividades a qualquer momento, como forma de protesto aos atrasos de pagamento, problemas de segurança e demissão de 2.800 vigilantes.

O Sindicato dos Trabalhadores Vigilantes (SINTESV), filiado à CUT/RO, denuncia o descaso do governo, tanto com os trabalhadores que ficarão desempregados quanto com a segurança das escolas. Também questiona o que será feito em relação ao período em que as escolas não contarão nem com as câmeras e nem com os vigilantes.

Segurança

A nota admite que não foi instalada e testada qualquer câmera de vigilância, apesar de faltar apenas uma semana para a demissão de todos os 2.800 trabalhadores do setor. Também anuncia que "em breve será feita a licitação para a contratação de serviço de monitoramento eletrônico nas escolas".

Pelo volume da compra, complexidade da instalação e do monitoramento, essa situação poderá durar vários meses, expondo alunos, professores e demais profissionais à violência.

A Secretaria informa, ainda, que "um plano de patrulhamento ostensivo realizado pela Polícia Militar em todas as unidades de ensino educacional estaduais”, porém o sindicato indaga se o efetivo da PM do estado é suficiente para a medida.

Atraso de pagamento

As empresas responsáveis alegam que os contratos estão há dois anos sem reajustes, o que consumiu as reservas tᄅcnicas e impede o pagamento das rescisões. O governo não aceita aplicar recomposição utilizada em outros Estados.

A nota do secretário afirma que, "apesar de um problema de ordem técnico-operacional na gráfica do Diário Oficial, que comprometeu a rotina das publicações, o pagamento referente ao mês de setembro foi realizado dentro do tolerável, mantendo assim a normalidade destes conforme contrato".

Em documento divulgado nesta quarta-feira, 23, a Empresa de Vigilância Rocha desmente a afirmação sobre o repasse, esclarecendo que os valores referentes ao mês de setembro continuam pendentes. Com isso, os salários dos vigilantes estão atrasados por culpa do governo.

Sobre as 2.800 demissões de vigilantes das escolas estaduais, a nota afirma que "Por fim, o Governo do Estado lamenta ter que tomar uma medida que atinge trabalhadores, porém necessário se faz que a mesma venha ser adotada em prol da economicidade da gestão pública".

Em relação à situação dos vigilantes que serão demitidos e ficarão sem receber suas rescisões trabalhistas, a nota diz apenas que "no entendimento do Governo do Estado, a empresa detentora do contrato de vigilância com a SEDUC deveria ter se preparado financeiramente para ter recursos no sentido de honrar com as indenizações que advirão com o final do contrato".

*com informações da CUT/RO


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