Na contramão de outros setores da economia brasileira, muitos dos quais fechando o ano com saldo positivo de mais de um milhão de novos postos de trabalho, os bancos terminaram 2013 demitindo mais do que contratando, apesar dos altos lucros apresentados em seus balanços. No setor bancário, houve também redução de salários dos novos trabalhadores em comparação com os dos desligados. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e do Emprego.
Segundo o Caged, o sistema financeiro nacional desligou 42.892 trabalhadores e contratou 38.563, apresentando saldo negativo de 4.329. O número só não foi pior por conta da Caixa Econômica Federal, único entre os maiores bancos do país a contratar mais que demitir, registrando saldo positivo de 5.486.
O vice-presidente da Fenae e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), Jair Pedro Ferreira, critica o fato de “as demissões ocorrerem nas faixas etárias mais elevadas, onde estão os maiores salários do setor”. De acordo com ele, os bancos demitem os mais velhos para economizar e ignoram completamente o prejuízo que isto causa às famílias das pessoas demitidas.