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24 de Janeiro de 2014 às 11:48

24/01/2014 - Setor bancário demitiu mais do que contratou em 2013 e ainda reduziu salários


Caged aponta que sistema financeiro desligou 42.892 trabalhadores e contratou 38.563, apresentando saldo negativo de 4.329. Número só não foi pior por causa da Caixa, que registrou saldo positivo de 5.486

Na contramão de outros setores da economia brasileira, muitos dos quais fechando o ano com saldo positivo de mais de um milhão de novos postos de trabalho, os bancos terminaram 2013 demitindo mais do que contratando, apesar dos altos lucros apresentados em seus balanços. No setor bancário, houve também redução de salários dos novos trabalhadores em comparação com os dos desligados. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e do Emprego.

Segundo o Caged, o sistema financeiro nacional desligou 42.892 trabalhadores e contratou 38.563, apresentando saldo negativo de 4.329. O número só não foi pior por conta da Caixa Econômica Federal, único entre os maiores bancos do país a contratar mais que demitir, registrando saldo positivo de 5.486.

 

Portanto, excetuando-se a Caixa, chega a 10.109 o saldo negativo de bancos como Itaú, Santander, HSBC, Bradesco e Banco do Brasil no quesito desemprego versus contratação. São considerados ainda no estudo os dados relativos às instituições financeiras menores, com saldo positivo de 294 novos postos. 

O levantamento do Caged aponta ainda que, além de não repor integralmente o número de profissionais desligados, o que gera ainda mais sobrecarga de trabalho para os que permaneceram, os bancos reduziram em 37,7% os salários dos novos contratados em comparação com os dos que deixaram as empresas. O perfil dos demitidos e dos admitidos também evidencia essa postura, já que foram abertas 9.757 vagas para trabalhadores entre 17 e 29 anos e fechadas 14.086 ocupadas para quem tem mais de 30 anos.

 

O vice-presidente da Fenae e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), Jair Pedro Ferreira, critica o fato de “as demissões ocorrerem nas faixas etárias mais elevadas, onde estão os maiores salários do setor”. De acordo com ele, os bancos demitem os mais velhos para economizar e ignoram completamente o prejuízo que isto causa às famílias das pessoas demitidas.

Fonte: Fenae Net

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